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Robótica: Uma medicina de homens e máquinas

Leopoldo Albuquerque coordena o centro de robótica. Androide Da Vinci tem quatro braços: um que controla uma microcâmera e outros três para manejar instrumentos como bisturis
Mais de 130 cirurgias já foram realizadas por Da Vinci, o primeiro robô usado em procedimentos cirúrgicos do Norte e Nordeste do País. Instalado no Hospital Monte Klinikum, em Fortaleza, o androide é um dos 3,5 mil equipamentos espalhados pelo mundo, que aliam robótica à medicina. As intervenções são realizadas em operações urológicas, abdominais, ginecológicas, torácicas e de cabeça e pescoço, e acontecem aqui desde agosto de 2015. De acordo com o coordenador do Centro de Robótica do Monte Klinikum, Leopoldo Albuquerque, o equipamento pode substituir dois auxiliares durante o procedimento. O tempo de cirurgia também cai. Operações que durariam cerca de três horas são feitas em 45 minutos, a depender da experiência do cirurgião. “Pacientes também relatam que pós-operatório é mais confortável. Isso ocorre porque movimento do robô é mais delicado”.

O equipamento é comandado por joysticks (semelhantes aos de videogame), pedais e pelo contato do rosto do cirurgião com suporte específico para cabeça.

Três dimensões

Conforme Leopoldo Albuquerque, a robótica trouxe a possibilidade de o cirurgião trabalhar com funcionalidades em três dimensões (3D) e um aumento de visão cerca de 20 vezes maior que a “normal”. “O médico vê melhor, os movimentos são mais precisos e a agressão a estruturas corporais, é menor”, pontua. A desvantagem, segundo o cirurgião, é o acesso a esse tipo de serviço, que não é integrado a planos de saúde e pode custar entre R$10 mil e R$15 mil em clínicas privadas. 


Funcionamento
Na Capital, sete médicos estão capacitados para operar o Da Vinci. Os profissionais passaram por treinamento em várias etapas, num total de 60 horas. Além disso, testes em animais foram feitos antes de operações em humanos. Para finalizar a capacitação, um cirurgião-instrutor acompanhou as 20 primeiras cirurgias de cada médico.
O Povo

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