Pular para o conteúdo principal

"As tecnologias só abrem caminho para a leitura", diz escritor Pedro Bandeira

Pedro Bandeira é o avô de uma geração. Autor de clássicos da literatura infantojuvenil como A Droga da Obediência e O Fantástico Mistério de Feiurinha, sucessos na década de 1980, ele continua ativo no mercado editorial. Durante passagem por Fortaleza para dialogar com educadores sobre o relançamento de obras marcantes, o escritor conversou com O POVO. Disposto nos sofás da Livraria Cultura, com um círculo de leitores formado ao redor, Pedro falou de forma ágil sobre leitura, o papel da família e a relevância da tecnologia. Riu, se emocionou, pediu a participação dos leitores e, principalmente, ensinou. Pedro é amado por adultos e crianças. Pais, que foram seus leitores, e agora passam os exemplares preferidos aos filhos. Ao fim da entrevista, aplausos.

O POVO - O escritor precisa primeiro ser um leitor?

PEDRO BANDEIRA - Claro que sim. Todo escritor foi um leitor voraz. Foi aquela criança que durante a aula de matemática estava lendo uma coisinha embaixo do fichário, sabe? Realmente, o mundo do sonho, da fantasia, fez parte da vida de qualquer escritor. Se você vai ser cantor, desde criança tem que gostar de ouvir música. Se você quer se tornar um nadador profissional, você nada sempre desde pequeno. Então, principalmente na arte e no esporte, são coisas que você tem que começar muito cedo sem saber que está começando. Eu nunca li para estudar. Estudar não é importante. O importante é ler. Eu lia. Lia pois me divertia. Eu estudei no fim da década de 1940 então, imagina que não havia rádio ou televisão. O cinema era só no domingo. A nossa diversão era ler. E o cinema, que inclusive ajudava muito a fixar a alfabetização. Só haviam filmes estrangeiros, todos legendados. Ou você aprendia a ler, e depressa, ou não dava para assistir cinema. A gente treinava muita leitura no gibi e no cinema. E eu fui um menino muito sozinho, porque eu tinha dois irmãos muito mais velhos que eu. Meu pai morreu, eu estava na barriga da minha mãe ainda. Então chegava da escola e ficava sozinho. Sozinho comigo mesmo, com os meus sonhos, com os meus pensamentos e com os meus autores. Então, o meu tempo era preenchido lendo qualquer coisa que me aparecesse. Não pensava jamais que aquilo iria me tornar inteligente ou escritor. Era a minha diversão. Não dá nem para jogar bola sozinho. Eu jogava futebol de botão. Era eu contra eu mesmo. Foi assim. 


OP - E qual foi o primeiro livro que o senhor leu na vida?
PEDRO - A literatura começa a entrar na minha vida no colo da minha mãe. A minha mãe provavelmente chorando muito, pois tinha acabado de ficar viúva. Ela me contava histórias da Branca de Neve, da Cinderela, da Chapeuzinho Vermelho. E eu adormecia ouvindo a voz dela me contar histórias. Até hoje, esse som e essas histórias de fada fazem parte de mim. Foi aí que entrei, acho, na fantasia e na imaginação. E eu tenho ainda guardada uma versão de A Cigarra e a Formiga, escrita por um brasileiro chamado José Reis, jornalista. É com dedicatória da minha mãe para mim, no meu aniversário de cinco anos. Depois, ao longo da vida, eu continuei lendo. Está marcado também O Patinho Feio, da Edição Melhoramentos. Era um livrinho pequeno, com uma capa de papelão preto. Minha vida foi essa. Fui criado pelos Irmãos Grimm.

OP - O senhor falou da infância, da solidão que acabou o levando para os livros. E eu pergunto: entre a nova geração, com tanta concorrência das novas plataformas, o avanço do cinema, as modificações da literatura, qual o segredo para continuar puxando crianças e jovens para o livro?

PEDRO - Tudo tem espaço no mundo. Nada vem para destruir. Com algumas exceções talvez. O processador de textos destruiu os datilógrafos. Mas as coisas só vêm para acrescentar. Não devemos ter medo do futuro, não devemos ter medo do presente. Muito menos do futuro e das novas invenções. As invenções vêm com maior velocidade do que nunca. Se você nascesse no século XVII, você nascia e morria e o mundo era igual. Hoje, o meu filho tem 45 anos e o mundo mudou demais durante a vida dele. Quando ele nasceu não havia o computador pessoal. Não havia telefone celular. A câmera? Hoje estamos falando aqui com uma câmera eletrônica. Naquela época, tinha que ter um celuloide, que girava. A máquina fotográfica? Hoje fotografamos com o celular. Você tinha um filme de 36 poses que girava. Essas coisas só vieram para melhorar. Veja como vieram para a minha profissão. Quando comecei a escrever era jornalista e escrevia na Olivetti. Mas meus livros todos foram escritos a lápis, porque a máquina de escrever é ruim, você não pode corrigir, você não pode arrumar. A Droga da Obediência, A Marca de uma Lágrima e O Fantástico Mistério de Feiurinha foram escritos a lápis. E aí veio o computador, que é melhor que o lápis. Tá tudo sempre limpinho, bonitinho. Tira daqui, põe ali, arruma, modifica. Então, não tenhamos medo das descobertas, da tecnologia. Essa criançada tem uma velocidade enorme de aprendizado. O professor não precisa ficar dando um discurso para afirmar coisas. Ele tem que só dirigir a pesquisa que a criança pode fazer no celular. Ele não precisa falar em datas da história, está tudo ali. Essas tecnologias só abrem caminho para a leitura. Se eu não ler bem, não vou poder consultar a internet. Não vou poder fazer nada sem a leitura. E a leitura você aprende nos livros, nas historinhas quando é criança. Hoje os meninos leem mais do que quando eu comecei a escrever. Meus livros hoje vendem mais do que vendiam quando eu comecei a escrever. Tem mais gente na escola no Brasil. Então, vamos agarrar essa tecnologia. Você pode dizer “não, Pedro, as crianças ficam viciadas só no joguinho e no computador”. Deixa! Também no passado não era todo mundo que lia. Me preocupa sim, do ponto de vista educacional, uma criança que fica só naquilo. Assim como também me preocuparia uma criança fechada no quarto lendo o dia inteiro. Ela tem problema psicológico. Você tem que beber o mundo. Ler sim, estudar sim. Namorar, jogar bola, ir a festa, falar com os amigos, jogar videogame. Tem que beber tudo que o mundo te oferece. E geralmente a criança que tá fechada aqui, ela tá tendo um problema em volta dela que não tá sabendo resolver. Se ela estiver bem, ela joga aqui e vai brincar acolá. O menino está lá jogando e o pai chega para ele “meu filho, vamos jogar bola”. Ele larga na hora. Mas o pai aproveita que o filho tá distraído e vai tomar cerveja com os amigos. Muitas vezes, é a única opção que estamos dando a ele. Ele quer o pai. Mas quando ele não tem alternativa ou vê os pais brigando ou discutindo, não sabe agir e fica jogando o joguinho de mata-mata. É uma forma de fugir do problema. Não vamos por culpa na tecnologia de erros que nós cometemos na educação de nossos filhos.


OP - O senhor falou que escreveu os primeiros livros a lápis. Como foi esse processo de publicação do primeiro livro?

PEDRO - Eu já tinha publicado livros de outras pessoas. Já tinha mais de 40 anos. À época, era diretor de marketing da Editora Abril. Eu não tive dificuldade. Apresentei para um editor, ele gostou, publicou. Mas eu não sabia escrever para adolescente. Fui me dedicar, aprender o que é o meu leitor para poder fazer livros mais bem dirigidos às idades que eu queria. Nunca fui pedagogo, nunca fui psicólogo. Então, a partir de 38 ou 40 anos, comecei a estudar psicologia do desenvolvimento. 


OP - O senhor falou também que hoje tem um salto no mundo de venda dos livros. O senhor recebe muitas respostas dos adolescentes sobre os livros?

PEDRO - Antigamente, eu recebia saco de cartas. Agora os carteiros tão desempregados (risos). É só email. De Fortaleza tive já muitos amigos. Essa gente começou a me escrever com 12 anos. Continuam escrevendo. Depois recebo convite de casamento. A foto do primeiro filho. Eu já tenho livro dedicado a uma leitora, que já casou e teve filho e já dediquei livro do filho. Ficam minha família. 


OP - Há um aquecimento do mercado editorial em torno do público infantil e juvenil. Tem muita gente produzindo, muitas editoras investindo no ramo. Como o senhor avalia isso?

PEDRO - O Brasil é o país de uma triste história. Um país não foi colonizado, mas invadido e explorado. Ninguém veio aqui para fazer um país. Os europeus vieram aqui para saquear, para escravizar, para matar os índios, para escravizar os africanos, para enriquecer e voltar rico para a Europa. E ninguém pensou jamais que essas crianças que nasciam dos estupros desses europeus com as índias e com as escravas um dia fossem cidadãos e que merecessem escola. Sempre fomos um país analfabeto e atrasado. Então, nós temos uma grande luta para mudar essa história. Investir no futuro e investir em criança. Não adianta fazer programa de alfabetização de adulto. Um homem de 40 anos que não aprendeu a ler não vai aprender. E se aprender um pouco não vai ser capaz de ler jornal. Ele perdeu o tempo dele. Nós temos que pegar o filho dele. E impedir que o filho dele seja igual. O MEC, há 40 anos, produziu uma indicação de que nas escolas de ensino fundamental fosse adotada aula de português com livros escritos no Brasil. Não havia. Havia Monteiro Lobato, mas já era muito velho. Falava de um Brasil rural, mas o Brasil não era mais rural. Era urbano. As editoras começaram a correr atrás para cumprir a recomendação do Ministério da Educação. E falaram com autores adultos. Marcos Rey é um caso. Pedro Bloch que era um médico do Rio de Janeiro. Várias pessoas. E começam as editoras a investir nisso. O professor de português não pode usar o texto do Harry Potter, pois não é o texto dela (J.K Rowling), é o texto traduzido, do tradutor. Você não estaria adotando o texto da autora original. Então, isso possibilitou pessoas como eu… se não houvesse isso eu não teria escrito. Por isso, estou dizendo que essa gente está lendo mais. Pois eles têm que ler na escola. Esse fenômeno não existe no mundo inteiro, só no Brasil. Na Alemanha, você não precisa adotar literatura na escola. Quem apresenta a literatura as crianças são os pais, os avós. Aqui, se a professora não levar o menino para um museu, o pai não leva. Lá o pai leva, desde pequenos. A escola vai ensinar aquilo que a família não sabe ensinar. Matemática. Educação não é um problema da escola. Educação é um problema da família. 


OP - Quem o senhor vê hoje que pode ser o seu sucessor e de autores como Ana Maria Machado, Ziraldo, Ruth Rocha?

PEDRO - A gente não tem condição de acompanhar. São centenas de autores. Recebo de alguns amigos que mandam um livrinho ou outro. Ouço falar só. Ouvia falar de uma que é muito vendida e adoro, que é a Thalita Rebouças. 


OP - Mas o senhor gosta do que tem lido?

PEDRO - O problema é que leio os caras da minha idade. Eles que me mandam livros. A Thalita é mais nova, mas tem 40 anos. Já é uma veterana. Eu não leio. Não sei. Não posso fazer uma afirmação. Saem mil novos livros por ano. Não leio, pois nem tenho acesso. Aposto que o Ziraldo também não leu. O Ziraldo vai fazer 85 anos. A Ruth fez 86 em março.


OP - E os leitores estão se sentindo órfãos…

PEDRO - É. Tá todo mundo morrendo. Então, a gente precisa dessa nova geração. Mas deve estar acontecendo coisa boa, pois vejo nomes que nunca vi. Quando falo com os editores, eles estão sempre publicando. Eu, Ruth e Ziraldo começamos muito velhos. Começamos por volta de 40 anos. O Monteiro Lobato também. Começou com 41 anos. Agora, não. Tem gente de 30 anos escrevendo. É isso que nós precisamos. Alguém que tenha mais chão, mais vida pela frente para escrever. Eu sei que as editoras estão publicando muito. Estão melhorando as ilustrações, livros bonitos...


OP - Falando sobre modernidade, tivemos uma presença forte dos youtubers na Bienal de São Paulo. Eles estão ganhando espaço e publicando…
PEDRO - A Bienal não tem nada a ver com um cara como eu. Sou contra esse modelo. É um modelo que você paga R$ 25 para entrar. Um sujeito com a esposa e dois filhos tem que gastar R$ 100. Se ele for de carro, o estacionamento é R$ 40. Se faz um lanche gasta mais R$ 100. Ele vai gastar R$ 300 antes de comprar um livro. Ele não compra mais livro. Não se vende livro na Bienal. Aquela molecada vai lá para tomar lanche, ver os youtubers, passear. É diferente da feira de Frankfurt. É outra coisa. O que tem é uma festa do organizador. Ele quer ganhar dinheiro. Tudo bem. E os youtubers são um fenômeno que tem espaço. É bacana. Não é literatura, mas é uma coisa válida. As pessoas gostam e tem que haver. Eu tenho um neto que fica vidrado naquilo. Mas o certo seria pagar R$ 25 para entrar e esse dinheiro poder comprar livro. Aí seria bom. Mas tem uma editora que nem vai. Vai uns sujeitos com livros baratos, impressos na China, chegam em containner. Compra a vinte centavos e vende a R$ 3. Não é mais o meu espaço. 

OP - Como foi a relação de incentivar os filhos a serem leitores?

PEDRO - Nossa casa foi uma casa de livro de forma muito natural. Não precisamos impor quando a coisa faz parte. Quando o menino cresce e nunca viu o pai lendo um romance ou nunca viu a mãe lendo um romance, por que ele acha que ler é bom? Não faz parte do ambiente dele. Não tem que impor nada. Quando não faz parte fica difícil. A criança vai para a escola e a professora coloca uma leitura. Ela acha chato. 


OP - Você falou que começou tarde assim como seus contemporâneos. Você escreveu A Droga da Obediência com 41 anos. No entanto, conseguiu imprimir uma linguagem adolescente e talvez isso tenha sido a forma para cativar os leitores…

PEDRO - O tarde foi para publicar livro. Eu sempre escrevi como jornalista. E eu escrevia historinhas na Editora Abril. Historinhas de 40 linhas. E ganhava um extra. Jornalista adora fazer freelancer. Tinha dezenas de histórias publicadas. Pro livro eu fui mais tarde. Mas essa não é uma linguagem jovem. É “a” linguagem. Qual é a linguagem jovem? De quando? De qual região? Se eu usasse a gíria da época, a gíria muda como o movimento das nuvens. E qual a gíria do Ceará? É a mesma de Porto Alegre. E de que ano? Outro dia uma pessoa num texto escrito para criança usou a palavra “irado”. Eu quando escrevi A Marca de Uma Lágrima, a Isabel estava apaixonada pelo Cristiano. E eu queria usar uma palavra mais jovem. E qual palavra? Não tinha. Na minha época era gamada. Isso tem 40 anos. Algumas gírias viram palavra normal. Como chato, paquerar… mas é raro. Tem que tomar cuidado. Meus livros são escritos todos em norma culta, por isso são eternos. Não tem nada em linguagem jovem. Não tem um palavrão. Não tem uma gíria. 


OP - O que você está achando do Brasil hoje?

PEDRO - Vou fazer 75 anos. Eu nasci na segunda guerra mundial. Vivi na Ditadura de Getúlio Vargas, o cara que punha na cadeia Monteiro Lobato e Graciliano Ramos. Entrei no jornalismo e no teatro. E tinha a censura, onde tinha um censor na boca da máquina com lápis vermelho. E quando foi embora a ditadura eu já não era tão jovem. Eu tinha 20 quando começou e 41 quando foi embora. Meus melhores anos de juventude foram sob Ditadura. Desde 1985, temos uma tentativa de montar uma democracia. É difícil construir uma democracia. Quando eu entrei na escola só havia vaga no Brasil para 30% das crianças brasileiras. Hoje tem vagas para todas. A escola é excelente? No meu tempo também não era. A gente tá caminhando. A gente sonha que de repente vai ficar maravilhoso, mas não vai. Nossa história é muito ruim. Só vivemos ditadura. 308 anos de ditadura colonial. Mais 80 anos de ditadura imperial absolutista e escravista. Depois, uma república velha exclusivista, onde era proibido o acesso a terra por qualquer pessoa que não fosse rico. Depois uma ditadura de Getúlio Vargas, depois ditadura militar. A gente tá tentando. Muita coisa de hoje é herança da ditadura militar. Foro privilegiado, aposentadoria para alguns grandes e para outros nada. Temos que varrer esse lixo todo. Estamos tentando. O Brasil está caminhando. Entramos em uma crise grande agora? Sim. Mas vamos sair dela. Claro. Eu acredito no Brasil, Cinthia.


OP - O senhor acredita mesmo?
PEDRO - O que eu posso fazer? Acreditar no Afeganistão? Já imaginou ser afegã, ser síria? A Síria foi o centro do mundo há dez mil anos. Aquela região era o crescente fértil. Ali o trigo e a cevada foram domesticados. Nasceu a escrita. Nós nascemos lá. E hoje não existe mais. São ruínas destruídas. Calma, calminha. Não imigra daqui. O teu filho vai ser feliz aqui.

CARREIRA

JORNALISMO. PEDRO EXERCEU A PROFISSÃO DURANTE PARTE DA VIDA. JÁ ESTAVA NA CASA DOS 40 ANOS QUANDO COMEÇOU A PUBLICAR LIVROS INFANTOJUVENIS.

NOVAS EDIÇÕES

MODERNA. OS LIVROS DE PEDRO FORAM RELANÇADOS PELA EDITORA, COM TEXTOS TOTALMENTE REVISTOS, NOVO CONCEITO VISUAL, NOVAS CAPAS E PROJETO GRÁFICO RENOVADO.

ENTREVISTA

TEMPO. FORAM PROMETIDOS 40 MINUTOS À EQUIPE DO O POVO, QUE SE ESTENDERAM POR UMA HORA. PEDRO INTERAGIU COM OS LEITORES QUE ACOMPANHAVAM A ENTREVISTA.

PERFIL
Pedro Bandeira de Luna Filho, 74 anos, é formado em Ciências Sociais e trabalhou como jornalista antes de escrever livros infantis. Nasceu em Santos, no Litoral de São Paulo, em 9 de março de 1942. É casado com a educadora Lia Bandeira. O casal tem três filhos – Maurício, Marcelo e Rodrigo – e cinco netos – Michele, Júlia, Beatriz, Érico e Melissa. Pedro a trajetória na literatura infantil com a publicação de O dinossauro que fazia au au, em 1983. De lá para cá, já escreveu 110 livros e vendeu mais de 25 milhões de exemplares.

ESTANTE

A droga da obediência (1984)

A marca de uma lágrima (1985)

O fantástico mistério de Feiurinha (1986)

A droga do Amor (2003)

PERGUNTA DA LEITORA

Kamile Girão, 24 anos, escritora e designer

LEITORA - Como é o seu processo de produção e como as ideias surgem?
Pedro - 99% é trabalho e 1% inspiração. Aprendi no jornalismo que não existe inspiração. Quando você chega na redação é trabalho. Inspire-se. Vire-se. E trabalhe. Claro que começa e joga fora. Inúmeras ideias não vão para a frente. Não é coisa que cai do céu. Nada cai do céu. Tudo é trabalho. Você vê os pintores com quadro lindo e sabe que ele fez 300 esboços do quadro. Fez, jogou fora. Não pegou a tela e “gutiguti”. Hoje tem computador, mas naquele tempo não tinha.

O POVO online

Veja vídeo da entrevista em

Comentários