Câmara aprova lei que torna patrimônio imaterial obra de Adoniran Barbosa

A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou, por votação simbólica realizada em plenário, na sexta-feira (18) um projeto de lei que declara a obra do músico Adoniram Barbosa como patrimônio histórico cultural imaterial do município de São Paulo.

O projeto de lei, de autoria do vereador Toninho Paiva (PR), tramitava na Casa desde 2012, quando foi aprovado pela Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara. Agora, segue para sanção do prefeito, Fernando Haddad.

O texto da lei diz que “toda a obra de Adoniran Barbosa, incluindo as composições e poesia, fica declarada como patrimônio histórico cultural imaterial” da cidade e que as despesas para a execução da lei ocorrerão por conta de “dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário”.

A preservação da obra do compositor será feita com base na lei 14.406 de 2007, que instituiu o Programa Permanente de Proteção e Conservação do Patrimônio Imaterial do Município de São Paulo, cuja ideia é identificar e conservar expressões culturais de São Paulo.

Segundo o projeto de lei de Toninho Viana, Adoniran Barbosa “retratou com maestria o cotidiano paulistano”, “cuja obra deve ser considerada patrimônio de natureza imaterial”.

Nascido em 1910 em Jundiaí, aos 22 anos, já na capital, o compositor participou de um programa de calouros em uma rádio e compôs seus primeiros sambas, como “Minha Vida se Consome” e “Teu orgulho acabou”. Compôs também para o grupo “Demônios da Garoa”, durante a década de 50, músicas como “Saudosa Maloca” e “Trem das Onze”.

G1