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Novela de Simões Lopes Neto ganha edição inédita em livro

Novela de Simões Lopes Neto ganha edição inédita em livro Mário MAttos/Divulgação
Biênio marcou os 150 anos do nascimento e os cem da morte do autor pelotenseFoto: Mário MAttos / Divulgação
O chamado Biênio Simoniano, que marcou os 150 anos do nascimento e os cem da morte de Simões Lopes Neto (1865 – 1916), está chegando ao fim. Depois de inúmeras atividades que lembraram o autor de Contos gauchescos e Lendas do Sul, Pelotas, terra natal do autor, recebe hoje o lançamento de uma preciosidade que encerra as homenagens: o livro A família Marimbondo.
Trata-se de um volume curto que apresenta uma novela de Simões Lopes publicada no jornal Correio Mercantil em 12 de abril de 1900. O texto, inédito em livro e até então sem referências historiográficas, está saindo em uma edição do selo Fructos do Paiz, com apresentação do escritor Aldyr García Schlee e posfácio do jornalista Klécio Santos. Toda a novela é reproduzida em fac-símiles e transcrita respeitando a grafia da época – o que dá um sabor diferenciado à leitura realizada mais de um século após a sua publicação.
Simões Lopes assinou a novela com o pseudônimo Serafim Bemol, o mesmo que usou em sua extensa dramaturgia. "O que me impressiona neste artigo disfarçado em carta é a presença do jovem João Simões Lopes, de 35 anos – ainda inédito como literato extraordinário – disfarçando-se de Serafim para mexer com seus disfarçados marimbondos", define Schlee em seu texto.
Explica Klécio Santos que os Marimbondos do título não são os bichinhos, "mas o apelido dado pelos portugueses aos brasileiros (no caso, aos pelotenses)". Em seu texto, Simões Lopes fala de artes cênicas, um de seus temas preferidos à época: "Critica o desinteresse das companhias que aportavam na cidade e sequer davam-se ao trabalho de perguntar sobre a produção local", conforme Santos. É praticamente um ensaio sobre a produção teatral "longe demais das capitais" à época.
A novela foi descoberta pelo pesquisador A.F. Monquelat. O lançamento será às 19h, no Instituto João Simões Lopes Neto (Dom Pedro II, 810).
Zero Hora

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