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Estudantes do IFCE criam sistema de reúso da água dos bebedouros

“Desde quando entrei no IFCE, vi uma problemática nos bebedouros. A água não era encaminhada para a destinação correta”. Foi assim que Nathália Paula de Oliveira Pereira, 21, estudante do curso de Petroquímica do Instituto Federal do Ceará (IFCE), campus Caucaia, decidiu montar o projeto Reágua. Ela e a também estudante Abigail Matos, 18, criaram um sistema que aproveita toda a água, antes, desperdiçada. Com um reservatório que tem capacidade para 20 litros, rodinhas e uma alça, hoje é possível coletar, mensalmente, mais de mil litros de água dos bebedouros. 
“Tive disciplinas que falavam sobre sustentabilidade e passei a ter noções de como podemos mudar o local que vivemos. O projeto de reúso despertou a sede de mudança onde estudamos”, afirma Nathália. No campus do IFCE em Caucaia, conforme a estudante, a falta de água é um problema constante. Com a iniciativa, os 1.010 litros de água coletados a cada mês tiveram destino certo: descarga dos banheiros, limpeza dos pátios e jardinagem.
“Um sonho é fazer com que instituições maiores vejam o projeto e o reproduzam. Com 50, 100 bebedouros encaminhando água para uma cisterna, por exemplo, dá uma quantidade significativa para diminuir o que é usado do Castanhão (reservatório que abastece Fortaleza e Região Metropolitana)”, pondera Nathália.
O estudo para desenvolver o protótipo começou há um ano e ele está em atividade há três meses.
Entre as disciplinas que auxiliaram na execução do protótipo está mecânica de fluidos. “Nós aprendemos, por exemplo, onde a torneira precisa estar para pegar o fluxo de água”, cita Nathália.

Para a professora do IFCE e orientadora das estudantes, Aline Santos Lima, o projeto surge em um momento importante. “Passamos por uma das maiores crises hídricas, então qualquer coisa que possa minimizar o uso de água é vantagem”, cita.
De acordo com Aline, o modelo de reúso da água de bebedouros já havia sido criado em outras escolas, mas com metodologia diferenciada. “Mas o que existe ainda é em pequena escala. Esse exemplo deveria ser repassado para outras escolas e empresas”, frisa.
O Povo

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