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Agricultores usam internet para combater a pobreza


Farta de perder dinheiro com o cultivo de cebola, uma família de Toca, no município colombiano de Boyacá, usou os seus modestos conhecimentos de informática e criou uma aplicação para vender os seus produtos diretamente, sem intermediários. O sucesso do programa foi tal, que já foi distinguido como iniciativa de paz, e é utilizado por milhares de camponeses. 

A região de Toca é uma zona de terrenos férteis, pelo que a maioria dos habitantes se dedica às atividades agrícolas. Porém, nos últimos anos, o negócio começou a perder rentabilidade, pois mesmo trabalhando meses nas colheitas, os produtores viam-se obrigados a entregar a produção aos intermediários. 

Perante este cenário, e depois de assistirem a uma apresentação do Ministério das Tecnologias de Informação e das Comunicações (MinTic) relacionada com a criação de negócios digitais, dois estudantes, com a ajuda da família, decidiram criar uma aplicação que permitisse aos agricultores a possibilidade de contatar os clientes como supermercados, feiras, produtores de batatas fritas ou restaurantes, para vender diretamente cebolas, batatas, alface, ervilhas, milho, manga e queijo. 

Foi assim que nasceu o Comproagro, que já conta com mais de 4.000 produtores associados, apesar de muitos dos agricultores terem dificuldades no acesso à internet e poucos conhecimentos de informática. «Este projeto quis demonstrar que a tecnologia favorece todos e que, com a metodologia adequada, o nível de escolarização não é um limite», afirmaram os responsáveis do ministério das tecnologias, numa nota enviada à agência Fides.


Fátima Missionária

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