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Desejo de conhecer o Papa acalenta jovens

Percorrer os Valinhos de Fátima, num contacto muito próximo com a natureza, e lembrar os passos de Jesus Cristo ao carregar a cruz, é um momento que coloca muitos fiéis a recordar vários episódios das suas vidas. Um misto de sensações e emoções dominou aqueles que percorreram a via-sacra, que integrou o programa da 27ª Peregrinação da Família Missionária da Consolata a Fátima, na manhã deste sábado, 18 de fevereiro.

Habituados a participar nesta iniciativa dos Missionários da Consolata, este ano, o encontro tem para o casal Juliana e Rui Oliveira, de 27 e 32 anos, respetivamente, algo de muito diferente – é a primeira vez que peregrinam com o seu primeiro filho, o pequeno Rui, de apenas seis meses.

«Pertenci ao grupo dos Jovens Missionários da Consolata (JMC) durante muitos anos. Portanto, já vivi imenso esta peregrinação da Família Missionária da Consolata. Recordo com muita saudade e nostalgia cada uma das personagens que desempenhei nesta peregrinação», disse Juliana.

Para a jovem mãe de Valongo, frequentar o JMC foi «muito importante» para a sua formação. «Aprendi muita coisa, como por exemplo, a importância da ajuda ao próximo e o valor da solidariedade. Este ano venho pela primeira vez com o meu filho e gostava muito que ele fosse JMC para aprender e viver o que mesmo que eu vivi e experimentei», referiu.

Recordar os sofrimentos de Cristo, foi, para Delminda Costa, de 66 anos, uma ocasião para pensar também sobre as dores que têm marcado a sua vida nos últimos anos. «Sou doente oncológica há nove anos. A dor está muito presente na minha vida. Já me encontrei muito mal, mas mesmo na pior altura sentia, dentro de mim, que não devia de ter medo porque não ia morrer naquela altura. Às pessoas que se encontram em baixo, só as posso aconselhar e agarrarem-se a alguém para ganharem força. E esse alguém só pode ser Deus», contou a peregrina de Soure (Coimbra).

Estar em Fátima, no ano que se assinalam os 100 anos das aparições e em que é aguardada a presença do Papa Francisco, tem um grande impacto em muitos dos peregrinos, como é o caso de Mariana Marques, de 18 anos, ou de Osvaldo Martins, de 26. «Apesar do grande número de pessoas que é esperado em maio, gostava de estar em Fátima para ver o Papa. Lembrar os 100 anos das aparições de Fátima é tocante, assim como questionar como é que isto foi possível», disse a jovem peregrina da Figueira da Foz.

A Osvaldo fascina-o tudo o que a Cova da Iria tem para contar. «A maravilha dos acontecimentos de Fátima trouxeram-me até cá e gostaria de estar também aqui no próximo mês de maio para poder conhecer o Papa Francisco», disse o jovem natural da Guiné-Bissau, mas a viver na Amadora.

Poder conhecer e contactar com o Santo Padre é uma ideia e um sonho que também acalenta Bruno Almeida, de apenas 15 anos, que peregrinou até Fátima na companhia da mãe. «Gosto tanto deste Papa que em maio gostaria muito de estar em Fátima para o poder conhecer», disse o jovem do Zambujal.

Fátima Missionária

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