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DESTINO MANIFESTO

João Soares Neto
O que seria da América se todos fossem brancos, protestantes e anglo-saxões? Se Nova Iorque expulsasse os imigrantes, como ficaria a economia da “cidade que nunca dorme?”. Verso de “New York, New York”, consagrada por um filho de italianos, Albert Francis Sinatra. 
A Califórnia foi movida  por mãos latinas e os que foram chegando, em busca do ouro, desde o século 19, ianques, europeus e asiáticos.  Governada (2003-2011) pelo austríaco Arnold Schwarzenegger, ator e hoje apresentador de TV, declarado antagonista do atual Presidente. Um famoso Secretário de Estado, Henry Kissinger, era alemão. Obama é meio sangue, sendo parte queniano, acrescido do estranho nome Hussein. Esqueceram? 
Requenta-se a teoria do “Destino Manifesto”, dos anos 1840. Acreditava-se que a América nascera para ser grande, por desígnio de Deus, em face da virtude do seu povo; pela missão de ocupar o Oeste e o destino, conquista de territórios. 
Assim, logo, em seguida, surgiu a guerra, desigual, com o México, de 1846 a 1848, com a anexação do Texas, Califórnia, Nevada, Arizona, Utah, Colorado, Novo México e parte de Wyoming. Por tudo isso, os EEUU pagaram uma indenização de míseros 15 milhões de dólares, no contestado Tratado de Guadalupe-Hidalgo. A Califórnia tinha ouro em seu subsolo e  o petróleo jorrou em vários lugares. 
  Antes disso, compraram a Louisiana, da França, em 1803, e a Flórida, da Espanha, em 1819. Depois, veio o Alasca, da Rússia, em 1868. E o Havaí, tomado dos polinésios, em 1898. Sem falar em Porto Rico, Estado livre associado. 
Hoje acrisola expurgo étnico-religioso, muro com 4.000km, abaixo do Rio Grande. Seria outro “Destino Manifesto”? Exemplos, em Minneapolis quase todos trabalhadores braçais, taxistas e “uberistas” são da Somália. Newark, vizinha de Nova Iorque, possui hoje elevada força de trabalho portuguesa, espalhando-se na região na Nova Inglaterra. Boston e seus arredores são, igualmente, plenos de brasileiros trabalhando como mouros. Têm medo, vivem acuados, mas, não desejam voltar como “derrotados”. Os cubanos, antes do acordo entre Obama e Castro, podiam entrar como quisessem. Agora, a história é outra. 
Os EEUU não seriam o que são hoje se, com a abolição da escravatura, em 1862, os negros trazidos por mercadores da África, não tivessem se aliado aos brancos do Norte. Foram decisivos na batalha de Gettysburg, já em 1863. 
Ela deu fim à Guerra de Secessão, travada entre o Norte e o Sul, unificando o que parecia impossível. Hoje, 2017, a América tem 325 milhões de habitantes, sendo mais de 70% da raça branca e os outros 30% rateados entre afro-descentes, hispânicos e asiáticos. 
Em Deus eles confiam (In God we trust) e sempre pedem bênçãos para esse imenso país do hemisfério norte, tão comprometido em tratados, acordos e guerras, todas bem longe do seu território. Não se comenta o fato das cabeças pensantes do Vale do Silício serem, em grande maioria, composta de estrangeiros, na proporção de três para um. All right? 

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