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Rede contra o tráfico humano completa 10 anos no Brasil

Manaus (RV) - A Rede “Um Grito Pela Vida”, que atua no enfrentamento ao tráfico de pessoas, completou 10 anos de existência esta semana, no dia 30 de março. Neste período, foram promovidas diversas ações de prevenção e assistência e intervenção política, buscando instruir a sociedade a fim de coibir o crescimento da inserção de vítimas neste mercado do crime.

Constituída por religiosas e religiosos de diversos Regionais e Congregações, a Rede é um espaço de “articulação e ação profético-solidária da Vida Religiosa Consagrada do Brasil”. A iniciativa surgiu a partir de uma solicitação da União Internacional de Superioras Gerais à Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) de que fosse realizado um curso sobre o tráfico de pessoas. 

Após o encontro, 28 religiosas, de 20 congregações, sentiram o clamor das vítimas deste crime e decidiram atuar nesta realidade, buscando ser “presença solidária entre os empobrecidos e excluídos”. Com o tempo, de acordo com a Rede, diferentes congregações masculinas e femininas têm se juntado no trabalho. Atualmente, são 300 religiosos que estão presentes em todas as regiões do país no trabalho da Rede, que é “uma ação missionaria em conjunto”.

Desde 2006 a Rede “Um Grito Pela Vida” é parte constitutiva da CRB Nacional, atuando de forma descentralizada e articulada com as organizações e iniciativas afins, nas diversas localidades, estados e municípios brasileiros. Ela também integra a Rede internacional da Vida Religiosa Consagrada Talitha Kum.

A grande comemoração dos 10 anos da Rede Um Grito pela Vida será feita em Brasília (DF) no mês de outubro, durante o encontro nacional.

A coordenadora da de Talitha Kum, Irmã Gabriella Bottani, agradeceu por meio de mensagem a todas as irmãs “que tiveram a coragem de tecer os primeiros fios de solidariedade e compromisso da Rede Um Grito pela Vida”.

“Desejo que a celebração dos dez anos proporcione um tempo especial para renovar as forças e continuar com coragem, criatividade e ousadia o compromisso assumido de enfrentar o tráfico de pessoas, pois a conjuntura política e econômica mundial está evidenciando um aumento preocupante de todas as formas de exploração da vida e do tráfico de pessoas”, escreveu a religiosa.

Para a coordenadora Nacional da Rede Um Grito pela Vida, Ir. Eurides Alves de Oliveira, este é um momento de “agradecer por tantas pessoas que têm colaborado nesse tempo, mas também de avaliar e encontrar o caminho a ser percorrido daqui pela frente, cada vez com maior determinação e coragem”.

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