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Motorista da Polícia Federal transforma peças de carro em esculturas em Juazeiro

Padre Cícero tem cerca de três metros e pesa duas toneladas. A estátua, colocada em frente à Delegacia Regional da Polícia Federal de Juazeiro do Norte, no Ceará, foi feita com peças de automóveis soldadas que viraram arte nas mãos do motorista da Polícia Federal no Ceará, José Pereira de Araújo Neto, de 59 anos.
A escultura foi encomendada pelo próprio superintendente Delano Cerqueira Bunn e, segundo Araújo, fará parte do patrimônio cultural do município.
“O Dr. Delano me deu uma missão para ir a Juazeiro do padre Cícero trabalhar e, nas horas de folga, fazer uma escultura para os caririenses. Então, chegando lá, tive o privilégio de fazer esta maravilhosa escultura, que me deixa feliz e orgulhoso”, expressa Araújo. Foram 30 dias trabalhando na sua criação, “de 7h da manhã às 8h da noite”, afirma.
Foi quase que por acaso que o funcionário da PF fez sua primeira obra. “Quando a minha filha pediu-me para eu fazer uma estante para ela colocar seus livros resolvi faz algo diferente. Quando terminei, percebi que a escultura parecia com duas pessoas se abraçando e comecei ater inspiração para fazer outras”.
Quando trabalhou em uma oficina mecânica, ele percebeu que tinha todas as ferramentas, para fazer suas artes, em mãos. “Peguei conhecimento de todas as peças que existem em um carro”.
E quando olha para as peças que poderiam ser jogadas foram, é automático: ele imagina tudo o que pode originar de um simples objeto: As mãos de uma pessoa, o bico de um pássaro ou a espada de cavaleiro. “Quando uma pessoa encomenda uma escultura eu fico dias procurando as peças semelhante para fazer aquela escultura”.
A Força Aérea de Fortaleza, a Marinha Brasileira, a Superintendência Regional da Polícia Federal no Ceará e a Santa Casa de Misericórdia, entre outras instituições, já tiveram o privilégio de receber algumas obras de Araújo. Algumas delas então espalhadas pelo Brasil e mundo afora. “França, Portugal, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Bahia”, lista.
Na PF desde 1995 e há 20 anos imerso no mundo da arte, Araújo não exita em dizer: “tudo o que eu faço é com muito amor e dedicação. Ou seja, faço com prazer”. Em agosto, ele garante, o Exercício brasileiro será o próximo a receber uma de suas obras. “Será um soldado”, conclui.

Tribuna do Ceará

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