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Pesquisa revela que a partir dos 20 anos de idade aparece o primeiro processo fisiológico não aparente

O envelhecimento é inevitável, mas, afinal, quando o espelho avisa, a pessoa começa a se queixar para os amigos, as linhas de expressão ficam mais evidentes, cabelos fracos, potencial de cicatrização mais lento e o desespero para descobrir como atrasar esse processo.
Essas foram questões que embasaram recente pesquisa nos Estados Unidos, realizada por um professor de dermatologia da Harvard Medical School Dr. Alexa Kimball, em parceria com a marca de Skincare Olay e a empresa de genética pessoal 23andMe.
"O objetivo da pesquisa era descobrir o que acontece abaixo da superfície da pele na esperança de desvendar o segredo de ouro de forma a afetar e talvez reverter esses primeiros sinais de envelhecimento, bem como o que acontece fisiologicamente", comenta a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da American Academy of Dermatology (AAD) e CME (Continuing Medical Education) na Harvard Medical School. 
Faixa etária
Uma das questões interessantes encontradas pela pesquisa diz respeito aos sinais de envelhecimento em relação à idade. "Muitos acreditavam que até os 35 anos estávamos fisiologicamente ótimos. O estudo demonstra que a cada época, devido à poluição, ao aumento do nível da radiação solar e outros efeitos, os processos celulares mudam e os efeitos cumulativos do envelhecimento aparecem mais precocemente e todos juntos, principalmente nas pessoas que não têm um cuidado preventivo adequado", esclarece a Dra. Claudia Marçal.
"Então, a pesquisa apontou essa deficiência em produzir antiglicantes, antioxidantes, a dificuldade de produzir energia mitocondrial que seja utilizada pelas células de todo o corpo para replicação, regeneração, autorreparo, e também a perda imunológica e de defesa, assim como a capacidade de fazer barreira cutânea íntegra, defendendo a pele das hiperatividades, alergias, eczemas e envelhecimento pelos agressores ambientais", acrescenta a dermatologista. 
Mudanças externas
De acordo com a dermatologista, apesar do primeiro processo de envelhecimento acontecer aos 20 anos, é por volta dos 30 que as mudanças internas se tornam visíveis, em especial nas mulheres de fototipos mais claros.
As linhas finas na testa e ao redor dos olhos aparecem, juntamente às manchas amarronzadas, e a pele se torna menos elástica, além dos cabelos mais quebradiços por conta de um acúmulo de danos causados pelo sol.
"Mulheres com fototipos mais altos percebem esses sinais por volta dos 40 anos. A pesquisa revelou que a pele mais escura proporciona mais proteção UV, mais antioxidantes e tem níveis mais elevados de bioenergia da pele", diz. 
Excepcionais
Segundo o estudo, um grupo de mulheres desafiou os sinais do tempo, quando comparadas às outras. "Elas aparentaram 10 anos a menos que sua verdadeira idade. Os pesquisadores descobriram que elas mostraram a expressão do gene similar.
Algumas delas não passaram pela mudança fisiológica com o declínio natural dos antioxidantes aos 20 anos e sim aos 50 anos. Nesse caso, a pesquisa sugere que 80% do envelhecimento é relacionado ao estilo de vida e o resto tem a ver com a genética".
"Dormir de sete a oito horas por noite, seguir dieta magra rica em proteína, beber água para se manter hidratado de dentro para fora e, como muitas vezes percebemos dificuldades do organismo de algumas pessoas em absorver todos os nutrientes que consomem, suplementos com silício, peptídeos, aminoácidos, e biotina são fundamentais", conclui a dermatologista Dra. Claudia Marçal.
Fases do Envelhecimento
Aos 20 anos: é nessa idade que começa o declínio da produção natural de antioxidantes. Um achado da pesquisa é a orientação do uso de produtos com Vitamina C estabilizada, Vitamina E, extrato de chá verde, além da hidratação e proteção solar. Essas são indicações padrões para a idade;
Na fase dos 30 anos: o metabolismo do corpo passa a abrandar e isso afeta a bioenergia das células da pele, que alimenta a criação de colágeno e ativa processos de reparação. Nesse ponto, é necessário acelerar o metabolismo da célula de forma tópica, com uso principalmente da Niacinamida, ou Vitamina B3, e ingestão de nutracêuticos reparadores e de sustentação do colágeno, no caso do silício orgânico Exsynutriment e biomassa Bio-Arct; 
Aos 40 anos: a senescência celular entra em ação. Esse é um processo em que o ciclo de vida natural das células da pele é menor, e isso pode afetar a aparência de diversas maneiras. As recomendações são o retinol, ácido glicólico, ácido hialurônico e outras substâncias impulsionam os processos celulares e freiam os sinais de envelhecimento mais evidentes;
Acima dos 50 anos: a função de barreira da pele enfraquece, a pele fica seca e incapaz de reter a hidratação suficiente por si só. Vitamina D, nanoconjugados de silício orgânico e tetrapeptídeos, melhoram o apoio estrutural da pele. Além do sculptessence, em elixires e séruns, manipulados ou industrializados, com alta concentração de ativos.
Fonte: Dra. Claudia Marçal. Dermatolodista.
Diário do Nordeste

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