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Identidade e ruptura na obra da escritora Filomena Embaló

Rádio Vaticana

Atingindo aos nossos arquivos, escolhemos falar desta vez na rubrica “África em Clave Feminina: música e arte” da arte literária. E a nossa interlocutora é Filomena Araújo Embaló, escritora guineense. Filha de cabo-verdianos, ela nasceu e cresceu em Angola, antes de se transferir para a Guiné-Bissau, país com o qual se identifica.
É autora de algumas obras literárias, entre as quais o romance “Tiara” publicado em 1999; “Carta Aberta” (contos) e “Coração Cativo” (poemas) ambos publicados em 2005.
Formada em Economia, Filomena ocupou diversos cargos na Função Pública na Guiné-Bissau e no exterior, nomeadamente em Paris, onde trabalhou muitos anos na União Latina, antes de esta organização ser extinguida em 2012, depois de mais de 50 anos de actividade.
E encontrava-se precisamente em Paris quando a entrevistamos em Janeiro de 2006, na sequência da sua participação na “Semana da Cultura Afro-lusófona” realizada na livraria FNAC por um grupo de intelectuais dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa)  entre os quais, o músico cabo-verdiano, Juvino dos Santos.
Nessa altura falou-nos das razões que a levaram a escrever, do tema fulcral do romance "Tiara" e de vários outros assuntos como por exemplo a sua relação coma a Guiné-Bissau, país que abraçou de corpo e alma, mas onde, a um dado momento, lhe fizeram sentir que não era tão guineense como pensava. Uma questão, cujas longínquas raízes, ela explica com muita serenidade e compreensão. 
Embora tenha sido realizada há já alguns anos, esta entrevista conserva toda a sua validade e é por esta razão que a voltamos a propor aos nossos e nossas ouvintes como um dos exemplos da caminhada da mulher africana pelo mundo da arte, neste caso a literatura e a sua interacção com toda a vida em sociedade. 
Oiça tudo, clicando aqui, onde poderá apreciar também músicas da Guiné e de Cabo Verde em vozes de mulheres, como Teresinha Araújo, Eneida Marta, e Cesária Évora. 

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