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Hilda Hilst é o nome central da Flip em 2018

Escritora paulista é a homenageada da próxima edição da Festa Literária Internacional de Paraty.
Hilda nos anos 1950:  escritora ainda não tem sua obra  consolidada no cânone da literatura brasileira e sempre teve
Hilda nos anos 1950: escritora ainda não tem sua obra consolidada no cânone da literatura brasileira e sempre teve (Fernando Lemos/Reprodução da Internet)

Mais um capítulo da recente revisão da obra de Hilda Hilst vai  ocorrer em 2018: a escritora paulista é a homenageada da próxima edição  da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que ocorre de 25 a 29  de julho.

A obra de Hilda Hilst (1930-2004) está sendo reeditada pela Companhia  das Letras (Da Poesia saiu em abril; Da Prosa sai em 2018, bem como uma  adaptação em quadrinhos, uma coletânea de poemas de amor e uma edição de  bolso). Dois livros de entrevistas devem sair pela Globo (que havia  relançado a obra da poeta entre 2000 e 2014). Há conversas com algumas  casas sobre a publicação de diários inéditos.

"A obra da Hilda exige do leitor um certo conhecimento de literatura e  arte, ela convida ao entendimento mais complexo dessas duas coisas", diz  a curadora da Flip, Josélia Aguiar. "Pode ser um convite para as  pessoas tentarem compreender mais. Uma forma de reforçar a necessidade  de as pessoas terem uma intimidade maior com a arte e não ter  pensamentos equivocados, resultado de um problema de formação de  leitores."

Bem como Lima Barreto, homenageado em 2017, Hilda ainda não tem sua obra  consolidada no cânone da literatura brasileira e sempre teve um  relacionamento complicado com o mercado editorial em vida. Ela mesma  reconhecia isso. Uma avaliação que Hilda fez da própria obra nos anos  1990: "Maravilhosa. Fico besta de ver como as pessoas não entendem o que  escrevi."

Agência Estado

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