Pular para o conteúdo principal

Congresso Nacional celebra literatura piauiense

Plenário do Senado Federal durante sessão solene do Congresso Nacional destinada à comemoração do centenário da Academia Piauiense de Letras (APL).  Em posição de respeito, convidados e parlamentares acompanham execução do Hino Nacional.  Mesa: desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, Carlos Pires Brandão; deputado Paes Landim (PTB-PI); vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho; presidente e requerente da sessão, senador Elmano Férrer (Pode-PI); senadora Regina Sousa (PT-PI); presidente da Academia Piauiense de Letras (APL), Nelson Nery Costa; presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Seccional Piauí, Francisco Lucas Costa Veloso; membro da Academia Piauiense de Letras (APL) e senador no período de 1987 a 2001, Hugo Napoleão.  Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado
O Congresso Nacional realizou nesta segunda-feira (21), no plenário do Senado, uma sessão em homenagem aos 100 anos de existência da Academia Piauiense de Letras (APL).
Requerente da sessão, o senador Elmano Ferrer (Pode-PI) destacou que a cultura é o maior patrimônio de uma sociedade, e que a APL tem o reconhecimento da população do Estado pelo papel que cumpre na preservação e divulgação de sua literatura e pela atuação marcante que possui no ambiente cultural piauiense.
— A história da APL imbrica-se com a história de nossa cultura durante estes 100 anos. A Academia cumpre com louvor esta missão de honrar o passado, construir o presente e semear o futuro desta cultura — pontuou Ferrer, acrescentando que passaram pela APL nomes que marcaram as letras também a nível nacional, como o economista João Paulo dos Reis Velloso e o jornalista Carlos Castello Branco, entre outros.

Livros e cordel

Durante a homenagem, a senadora Regina Sousa (PT-PI) comunicou aos acadêmicos presentes que apresentou dois projetos buscando valorizar os livros e a literatura de cordel. O primeiro determina a instalação de um pequeno acervo de livros paradidáticos e de literatura infantil em todas as salas de aula do 1º ao 5º ano do ensino fundamental (PLS 158/2016). O objetivo é incentivar o gosto pela leitura nas crianças e desburocratizar as bibliotecas.
A segunda proposta, para a qual Regina também pediu apoio, é o PLS 138/2018, que inclui o estudo da literatura de cordel, do repente e de outros cantos de improviso no currículo da educação básica.

Vanguarda e periferia

O atual presidente da APL, Nelson Nery, ressaltou o papel de vanguarda cumprido pela instituição já em 1918, que nesta época realizou eventos sobre o anticlericalismo, a Revolução Russa e o marxismo, além da emancipação dos direitos das mulheres.
— Amélia Bevilácqua foi uma das primeiras acadêmicas da APL, numa época em que a Academia Brasileira de Letras não admitia sequer que as mulheres concorressem a alguma vaga existente.
Nery ainda mencionou a atuação do Museu da Cultura Literária Piauiense, gerido pela APL, que tem realizado eventos voltados para os jovens, para moradores de periferia e também para quem vive em cidades do interior. Ele lembrou que o auditório da APL em Teresina continua sendo o principal centro de lançamento de novas obras produzidas pelos escritores do estado.
O deputado Paes Landim (PTB-PI), outro requerente da sessão, citou que também fizeram parte da APL em sua história o jornalista Odylo Costa Filho e o ex-presidente do Senado, Petronio Portela. Também esteve presente o ex-senador Hugo Napoleão, que é membro da academia.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Comentários