Pular para o conteúdo principal

Fundação Clóvis Salgado convida Cobra Coral para a série Sinfônica Pop

Em apresentação inédita, grupo relembra sucessos marcantes da carreira, com novos arranjos compostos por Túlio Mourão, Marcelo Ramos e Fred Natalino.
 
Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.
Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. (Divulgação/ Paulo Lacerda)

Em apresentação inédita, grupo relembra sucessos marcantes da carreira, com novos arranjos compostos por Túlio Mourão, Marcelo Ramos e Fred Natalino
O grupo mineiro Cobra Coral é o convidado da Fundação Clóvis Salgado para a próxima edição da série Sinfônica Pop. Pela primeira vez em parceria exclusiva com uma Orquestra, os artistas se apresentam ao lado da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais em duas oportunidades, oferecendo ao público o melhor de um repertório que reúne canções autorais dos dois discos lançados pelo grupo, Cobra Coral (2012) e Pra cada um ser o que é (2015), além de interpretações em homenagem a grandes nomes da MPB.
Formado em 2011 por 4 amigos, Cobra Coral seguirá ativo mesmo após a perda do seu idealizador e integrante, Flávio Henrique (voz, violão e piano). Mais unidos do que nunca, os músicos Kadu Vianna (voz, violão, percussão e trompete vocal), Mariana Nunes (voz) e Pedro Morais (voz, violão, percussão e baixos no violão), querem preservar a essência do trabalho e a identidade do grupo, fazendo do Quarteto um Trio, já que Flávio não será substituído.
As apresentações, que têm regência do maestro assistente da OSMG, Sérgio Gomes, aliam o talento do grupo à versatilidade da Orquestra. Segundo o maestro, o programa se faz muito importante na desmistificação da música sinfônica como algo inacessível. “A experiência da música orquestrada deve ser para todos, independentemente de classe, raça ou gênero. O Projeto Sinfônica Pop faz isso, aproxima o público da música popular de uma forma leve, agradável e bem-feita”, conta o maestro.
Os arranjos, especialmente criados para a ocasião, são assinados pelo maestro Marcelo Ramos, e pelos músicos Fred Natalino e Túlio Mourão. O repertório traz composições marcantes do Cobra Coral, como E o que for já é, Casa Aberta, Luz do Sol, Qualquer Palavra e Manha. Os cantores interpretam, também, clássicos da música brasileira, como O Quereres e Força Estranha, compostas por Caetano Veloso, Encontros e Despedidas, de Milton Nascimento, e Contos da Lua Vaga, de Beto Guedes.
Segundo o maestro, que regeu os concertos da orquestra com os artistas Elba Ramalho (2016), Luiz Melodia (2015), Chico César (2017), dentre outros, a Sinfônica Pop é uma oportunidade incrível tanto para a OSMG quanto para o artista. “A sensação de reger esse programa é sempre a melhor possível. Gosto muito de ver a transformação das obras populares pelo espectro sonoro de uma orquestra sinfônica. Nessa edição com o Cobra Coral, nosso desafio será encontrar o equilíbrio da orquestra com o grupo, pelo fato de não se tratar de um artista isolado – mesmo que os músicos tenham o uso dos vocais e o violão como características predominantes”, conta Gomes.
Ainda segundo Sérgio Gomes, as expectativas são as maiores e melhores possíveis. “O projeto tem sido um sucesso nos últimos anos e esse não será diferente. O grupo tem canções lindas e bem adaptáveis ao universo sinfônico. Creio que será um espetáculo muito bonito, com muita qualidade, e imperdível”, finaliza.
O popular encontra o erudito – O grupo se apresenta pela segunda vez ao lado da OSMG, mas de forma inédita em um show exclusivo. Segundo o músico e integrante do grupo, Kadu Vianna, a expectativa para a apresentação é enorme. “Quando recebemos o convite, nos enchemos de alegria e emoção ao imaginarmos o que poderia sair de um encontro como esse. Estar no Grande Teatro do Palácio das Artes ao lado da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais é anseio de qualquer músico mineiro e até brasileiro”, conta. “Para nós, a expectativa se engrandeceu ainda mais após a perda precoce do nosso querido amigo e parceiro Flávio Henrique. Esse show era muito aguardado pelo próprio Flávio e faremos dele uma homenagem à sua memória e a tudo de importante, significativo e inesquecível com o que ele nos presenteou ao longo desses muitos anos de convivência”.
Ainda segundo Vianna, o repertório reúne os momentos mais significativos da trajetória do grupo, e faz com que os artistas relembrem canções que marcaram a carreira do Cobra Coral. “Há músicas que não tocávamos havia bastante tempo, assim como aquelas que marcaram os pontos altos em nossas apresentações”, conta. Mariana Nunes, cantora do grupo, conta que o repertório foi escolhido pensando em uma coletânea que favoreça os arranjos da orquestra. “Todas as canções foram selecionadas especialmente para esse concerto. Se apresentar ao lado de uma Orquestra do nível da Sinfônica é uma oportunidade muito rara que vamos aproveitar ao máximo, com uma seleção musical expressiva que proporcionará ao público uma passagem por cada caminho da nossa história”, revela Mariana Nunes.
A primeira oportunidade de realizar um show completo exclusivamente com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais fez com que o grupo Cobra Coral explorasse toda a dinamicidade de suas canções. Segundo o músico Pedro Moraes, o projeto Sinfônica Pop é uma forma especial de adaptação do repertório, trazendo uma leitura diferenciada. “Estamos certos de que será um espetáculo muito bonito. Fazer uma apresentação junto com uma orquestra é pensar na prática em conjunto com mais de 60 músicos, isso nos exige mais atenção e mais organização. Mesmo a dinâmica da música erudita sendo diferente da música popular, a colaboração de todos é necessária para que o show aconteça bem. Vamos vivenciar um outro lugar do ‘fazer em grupo’, que demanda muito mais sensibilidade e preparo artístico. Para nós é uma grande honra”, conclui Moraes.
Sobre o Sinfônica Pop – A série Sinfônica Pop é uma iniciativa da Fundação Clóvis Salgado em que a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais convida artistas para apresentar o rico repertório de nossa música popular. Nessa parceria artística, a OSMG mostra toda a sua versatilidade, proporcionando ao público uma forma singular de fruição da MPB. Grandes nomes da música brasileira já se apresentaram ao lado da OSMG como Elba Ramalho, Filipe Catto, Luiz Melodia, Mônica Salmaso, Zé Miguel Wisnik, Lenine, Chico César, entre outros.
Cobra Coral – O grupo teve formação inicial com os músicos mineiros Flávio Henrique, Kadu Vianna, Mariana Nunes e Pedro Morais. Os quatro artistas apostaram no formato acústico de quatro vozes, dois violões e piano, para apresentar ao público, em ricos arranjos vocais, um outro lado de suas carreiras individuais, um lado mais intimista e também mais elaborado. O quarteto já ganhou prêmios, foi citado em diversas listas e vem aumentando seu público à cada nova apresentação além das redes sociais. Hoje, após a perda de seu idealizador e integrante Flávio Henrique, o grupo segue como um Trio. Já tiveram como convidados grandes nomes da música brasileira como Milton Nascimento e Ed Motta, e também dividiram o palco com Boca Livre, Renato Braz, Toninho Horta, Cláudio Nucci, Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Túlio Mourão e Wagner Tiso.
Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – Criada em 1976, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, corpo artístico gerido pela Fundação Clóvis Salgado, é considerada uma das mais ativas orquestras do país. Em 2013, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Em permanente aprimoramento da sua performance, a OSMG cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Executa repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, do barroco ao contemporâneo, além de grandes sucessos da música popular, com a série Sinfônica Pop. Em 2016, o belo-horizontino Silvio Viegas assume o cargo de regente titular do Corpo Artístico. Antes dele, foram responsáveis pela regência: Wolfgang Groth, Sérgio Magnani, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Aylton Escobar, Emílio de César, David Machado, Afrânio Lacerda, Holger Kolodziej, Charles Roussin, Roberto Tibiriçá e Marcelo Ramos.
Sérgio Gomes – Regente – Graduado pela UFMG, nasceu no Rio de Janeiro onde começou os estudos musicais com o pai, maestro Sebastião Gomes, aos 10 anos, aos 11 anos, na Escola de Música de Brasília o estudo de trompa com o Professor Raimundo Martins. Em 1977 passou a integrar a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas como primeiro trompista. Em 1981, foi convidado para atuar na Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, como primeiro trompista e solista. Atuou como solista e musico convidados em várias orquestras brasileiras. Em 2000, participou da primeira turnê internacional da OSESP, sob a regência de John Neschling e Roberto Minczuk. Em 2011, atuou na Orquestra Sinfônica Del Sodre, em Montevidéu. Foi professor do Cefart da FCS e professor da Escola de Música da UEMG. Atuou como assistente dos maestros Holger Kolodziej, Marcelo Ramos e Roberto Tibiriçá. Esteve à frente da OSMG nas séries Sinfônica no Museu, Concertos Educativos, Concertos no Parque, Concerto na Cidade, Sinfônica ao Meio-dia e Sinfônica em Concerto. Atualmente, é primeiro trompista solista e regente assistente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.
Programa:
ABERTURA INSTRUMENTAL
(Fred Natalino)
QUADROS MODERNOS
(Flávio Henrique, Toninho Horta e Murilo Antunes | Arranjo Tulio Mourão)
FAÍSCA NA MEDULA
(Kadu Vianna e Murilo Antunes | Arranjo Fred Natalino)
COBRA CORAL
(Caetano Veloso e Wally Salomão | Arranjo Marcelo Ramos)
CIGANA
(Flávio Henrique e Brisa Marques | Arranjo Fred Natalino)
LUZ DO SOL / LINDEZA
(ambas de Caetano Veloso | Arranjo Túlio Mourão)
QUALQUER PALAVRA
(Kadu Vianna, Pedro Morais e Magno Mello | Arranjo Fred Natalino)
MANHA
(Flávio Henrique, Kadu Vianna, Mariana Nunes e Pedro Morais | Arranjo Marcelo Ramos)
CONTOS DA LUA VAGA
(Beto Guedes e Márcio Borges | Arranjo Túlio Mourão)
SIM
(Flávio Henrique e Murilo Antunes | Arranjo Fred Natalino)
CANÇÃO DA MINHA VIDA
(Pedro Morais e Magno Mello | Arranjo Marcelo Ramos)
O QUERERES
(Caetano Veloso | Arranjo Túlio Mourão)
CASA ABERTA
(Flávio Henrique e Chico Amaral | Arranjo Túlio Mourão)
ENCONTROS E DESPEDIDAS
(Milton Nascimento e Fernando Brant | Arranjo Marcelo Ramos)
E O QUE FOR JÁ É
(Pedro Morais, Kadu Vianna e Magno Mello | Arranjo Fred Natalino)
FORÇA ESTRANHA
(Caetano Veloso | Arranjo Fred Natalino)
Sinfônica Pop com Grupo Cobra Coral
Período: 12 de maio (sábado), às 20h30; e 13 de maio (domingo), às 19h
Local: Grande Teatro do Palácio das Artes – Av. Afonso Pena, 1537 – Centro
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada)
 
Fundação Clóvis Salgado

Comentários