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PRA FRENTE É QUE SE ANDA

Grecianny Carvalho Cordeiro*

A vida segue adiante.
Nós andamos para a frente, embora tenhamos que, de vez em quando, olhar para trás, notadamente, para lembrarmos dos nossos erros e assim não voltarmos a cometê-los; ou dos acertos, só para constatar que valeu a pena.
Com a História, a coisa é mais ou menos assim.
Ao longo do tempo, as civilizações tiveram seu apogeu e seu declínio. Grandes guerreiros. Impérios poderosos. Líderes cruéis e sanguinários. Pacifistas encantadores... Enfim, ao longo de 21 séculos, podemos dizer que vimos um pouco de tudo: do bom e do ruim, do bem e do mal, do justo e do injusto, a eterna dualidade que acompanha o ser humano em sua trajetória, mesmo aquela que dormita no recôndito de sua alma.
Vez por outra, precisamos relembrar de Hitler, para que jamais possa acontecer de novo o extermínio de um povo, seja por qual motivo for: etnia, raça, religião, credo. Ainda assim, em 1992, o extermínio de muçulmanos na guerra da Bósnia, por parte dos sérvios, resultou em uma série de crimes contra a humanidade, com condenações pelos tribunais penais internacionais. 
Lembremos também de Hiroshima e Nagasaki, destruídas por uma bomba nuclear lançada pelos Estados Unidos. Atualmente, os Estados Unidos e a Coréia do Norte encontram-se na iminência de um ataque de igual natureza.
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No Brasil, em 1964, teve início uma ditadura militar que perduraria por décadas. Direitos e liberdades individuais foram suprimidos. Liberdade de imprensa foi cerceada. Censura. Prisões ilegais. Torturas. Isso é fato histórico. Ninguém pode negar.
De alguns anos para cá, nunca se falou tanto em intervenção militar, retorno da ditadura, fato que se deve às desilusões com a democracia brasileira, com os políticos brasileiros, mergulhados em escândalos de corrupção.
Uma intervenção militar resolveria nossos problemas?
Seriam os militares mágicos?
Através do uso da força resolveríamos o problema da educação? Moral e Cívica e obrigatoriedade de cantar o hino nacional?
E a segurança pública? Os tanques nas ruas impediriam o tráfico de drogas e de armas? A expansão do crime organizado?
E a saúde? O atendimento de boa qualidade, remédios e leitos estariam garantidos?
Fechar o Congresso Nacional e acabar com os partidos políticos daria um fim à corrupção?
A democracia brasileira é frustrante e funciona da pior forma, mas como disse Churchill: “a democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as demais”.

Andemos para frente!

*Promotora de Justiça

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