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"Capitalismo Contemporâneo e Educação Brasileira" reúne 19 artigos analisando a educação e o mercado

Educação é elemento fundamental para compreender como os sistemas político e de mercado foram formados. E o que esses elementos pretendem transformar ou deixar. Para a professora Rozimar Machado, da pós-graduação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (UFC), pensar a política educacional é uma forma de refletir e tensionar como os governos devem organizar a administração do País. Ela e outros 19 pesquisadores da Universidade mostram, no livro Capitalismo Contemporâneo e Educação Brasileira, como as instituições normatizam a estrutura educacional com a doutrina política.
“Uma das formas são as organizações internacionais que pensam a política educacional do Brasil por meio das fundações privadas de empresas”, aponta. Essas instituições  vêm desenhando a política nacional e a proposta da Base Nacional Comum Curricular, segundo aponta a professora. Organizações internacionais privadas pensarem políticas educacionais para o Brasil e não pessoas do próprio País é um exemplo disso.
Rosimar Machado acredita que depende muito de quem a se queira beneficiar. Se olharmos para a classe trabalhadora, segundo ela, se entende a influência é uma questão negativa, porque a problemática do dia a dia, a verdadeira razão da existência é levar qualidade de vida para as pessoas. “A tendência é tratar a educação como mercadoria e os educandos, como clientes”, informa a professora.
Uma das formas de se barrar essa visão [e, segundo a professora, interromper a corrida pelo resultado. “A educação pública não pode ser pensada como ranking e sem compreender a necessidade do aluno”, reforça. A escola cumpre a função quando o projeto científico está aliada com a vida prática e não precisa, segundo informa, estar ligada aos mercados.
A formação que a escola não deve se encaminhar, dentro do papel histórico, é de que a sociedade tem que reproduzir o que já está proposto. “Vamos formar indivíduos que, ao invés de se colocarem numa perspectiva de criação, vai se adaptar ao sistema”, confirma. O pedagogo Paulo Freire faz essa diferenciação entre se inserir e se adaptar: o amparo do capitalismo visa apenas a adaptação. “É preciso se inserir para transformar”, atribui.  
Serviço
Lançamento e debate do livro Capitalismo Contemporâneo e Educação Brasileira: aspectos controversos e atuais.
Quando: 19 de julho
Horário: 19 horas
Onde: Espaço O POVO de Cultura & Arte (anexo à sede do O POVO - avenida Aguanambi,282 A - Joaquim Távora)



O Povo

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