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Pare e leia um poema #3: uma corrente lírica para Hilda Hilst

Na trilha da homenageada da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), a poeta Hilda Hilst, o EL PAÍS entra em sua terceira semana de corrente lírica, em que um autor indica o outro até a data do evento, que acontece entre 25 e 29 de julho. Semana passada foi a vez do poema Via Papua, de Antonio Risério, indicado pela poeta Josely Vianna Baptista. Agora, Risério escolhe Cine-Olho, de Ricardo Aleixo. O texto do autor mineiro está no livro A Roda do Mundo, de 1996. Artista múltiplo, Aleixo é conhecido por fazer apresentações intermídia em que mescla som, imagem e leitura. Ao final, há um vídeo do poema apresentado pelo escritor no Itaú Cultural, em São Paulo.
Trabalho de Ricardo Aleixo feito em técnica mista (madeira pintada, sementes de olho-de-pombo e fotografia digital), que tenta ressaltar a ideia de movimento associada a Exu.
Trabalho de Ricardo Aleixo feito em técnica mista (madeira pintada, sementes de olho-de-pombo e fotografia digital), que tenta ressaltar a ideia de movimento associada a Exu.

Cine-olho

Um
menino
não.
Era
mais um
felino,
um
Exu
afelinado
chispando
entre
os
carros
-
um
ponto
riscado
a
laser
na
noite
de
rua
cheia
-
ali
para
os
lados
do
Mercado

Ricardo Aleixo, nascido em 1960, é mineiro de Belo Horizonte. É artista e pesquisador intermídia. Desenvolve projetos que cruzam entrecruzam poesia, música, design sonoro, dança, teatro, vídeo e artes gráficas. Já fez performances em todo o Brasil e em países como Alemanha, Portugal, França, EUA, México, Espanha e Suíça, entre outros. Lançou, pela editora Todavia (2018) a antologia Pesado demais para a ventania, que reúne poemas de todos os títulos que publicou desde 1992, quando estreou com Festim (edição independente)
El País

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