Confira um resumo dos principais filmes que estão em cartaz em todo o país neste final de semana.
Por Neusa Barbosa e Alysson Oliveira
Veja um resumo dos principais filmes que estão em cartaz em todo o país neste final de semana.
Dirigida por Andrucha Waddington, a cinebiografia de José Abelardo Barbosa de Medeiros (1917-1988), apresentador de TV que ficou famoso como Chacrinha, procura destacar os principais momentos de sua trajetória.
Pernambucano de Surubim, José Abelardo (Eduardo Sterblitch) chega ao Rio quando o navio em que trabalhava como um improvisado baterista da banda de bordo tem que fazer uma parada. Decide ficar pela cidade, então a capital do País, tornando-se radialista.
Foi ainda no rádio que virou Chacrinha (Stepan Nercessian), chegando à televisão no seu início, quando ninguém, nem ele, acreditava no poder da telinha. Muito versátil, ele já dominava as técnicas da comunicação popular, com seu visual carnavalesco e comportamento pré-politicamente correto, empunhando a buzina para gongar calouros, disparando bordões como “Alô, alô Terezinha” e realizando seus inacreditáveis arremessos de produtos para a plateia, como bacalhau.
Dois tempos e duas histórias de amor guiam a narrativa deste filme romântico brasileiro, ganhador do Prêmio da Crítica na Mostra de São Paulo deste ano. Os romances de Chico (Bruno Gagliasso) e Ana (Marina Ruy Barbosa), no presente, e Clarisse (Luiza Mariani) e Daniel (Julio Andrade), no passado, se entrelaçam por meio de uma fita cassete.
Dirigido por Joana Mariani, o filme busca semelhanças e diferenças entre os dois casais em momentos distintos de seus relacionamentos. Os do passado se separando; os do presente, começando um casamento. Dessa forma, para criar paralelos, o roteiro investe em situações para que, de alguma forma, reverberem nos dois tempos.
As cenas de Luiza e Andrade são bem mais interessantes, porque são atores mais experientes e, além disso, seus personagens são muito mais delineados. A trilha sonora, parte fundamental, resgata músicas românticas que vão de Gal Costa e Cazuza a Leandro e Leonardo.
Contando três longas suecos e um americano, esta é a quinta incursão da personagem Lisbeth Salander no cinema e, visivelmente, a mais fraca, embora não seja culpa da atriz Claire Foy – cuja competência pode ser atestada no recente “O primeiro homem”. O grande problema deste novo filme recai sobre o roteiro e a direção, assinada pelo espanhol Fede Alvarez.
Trata-se de um filme genérico, que transforma Salander numa espécie de James Bond com superpoderes tecnológicos, cuja maior função é apertar botões e fazer cara de intrigada ou valente. O enredo é banal, começando com a infância traumática da personagem, e logo pula para o presente, com uma trama envolvendo armas nucleares.
O jornalista Mikael Blomkvist também já viu dias melhores. Aqui está mais apagado do que nunca – parte disso é culpa de uma interpretação anódina do sueco Sverrir Gudnason, a quem falta o punch que tornava o personagem marcante nas mãos de Michael Nyqvist e Daniel Craig.
Como se alguém tivesse alguma dúvida de que os nazistas são completamente do mal, o diretor Julius Avery não poupa esforços para colocá-los na tela como a força mais maligna da história. “Operação Overlord”, que é um filme trash com alto orçamento, funciona como um videogame cujo prazer maior é socar nazistas.
Os protagonistas são um grupo de paraquedistas norte-americanos que acaba caindo num pequeno vilarejo francês, ocupado por oficiais e cientistas alemães que realizam experiências grotescas. Os heróis têm uma missão mas, diante do que encontram, esta se torna ainda maior. Com a ajuda de uma francesa (Mathilde Ollivier), tentarão destruir o laboratório.
A maior qualidade do filme talvez esteja em explicitar em forma de videogame como os métodos nazistas eram realmente perversos. É uma mensagem que, estranhamente, ainda precisa ser lembrada no mundo atual.
Numa cidade isolada nos Alpes italianos, Avechot, acaba de desaparecer uma adolescente de 16 anos, Mary Lou (Ekaterina Buscemi). Seu sumiço abala a tranquilidade do local, onde boa parte da população frequenta uma fraternidade religiosa, incluindo a família da garota, os Kastner.
Chegam à cidade para conduzir as investigações o inspetor Vogel (Toni Servillo) e seu assistente, Borghi (Lorenzo Richelmy), homens experientes em casos complicados. Não é segredo para ninguém que Vogel é um tipo vaidoso, que adora holofotes e não se furta a tirar partido deles. Isto fica evidente por sua peculiar relação com uma famosa e sensacionalista repórter de TV, Stella Honer (Galatea Ranzi) quando aparece o primeiro suspeito, o professor Loris Martini (Alessio Boni).
Veja um resumo dos principais filmes que estão em cartaz em todo o país neste final de semana.
“CHACRINHA – O VELHO GUERREIRO”
Dirigida por Andrucha Waddington, a cinebiografia de José Abelardo Barbosa de Medeiros (1917-1988), apresentador de TV que ficou famoso como Chacrinha, procura destacar os principais momentos de sua trajetória.
Pernambucano de Surubim, José Abelardo (Eduardo Sterblitch) chega ao Rio quando o navio em que trabalhava como um improvisado baterista da banda de bordo tem que fazer uma parada. Decide ficar pela cidade, então a capital do País, tornando-se radialista.
Foi ainda no rádio que virou Chacrinha (Stepan Nercessian), chegando à televisão no seu início, quando ninguém, nem ele, acreditava no poder da telinha. Muito versátil, ele já dominava as técnicas da comunicação popular, com seu visual carnavalesco e comportamento pré-politicamente correto, empunhando a buzina para gongar calouros, disparando bordões como “Alô, alô Terezinha” e realizando seus inacreditáveis arremessos de produtos para a plateia, como bacalhau.
“TODAS AS CANÇÕES DE AMOR”
Dois tempos e duas histórias de amor guiam a narrativa deste filme romântico brasileiro, ganhador do Prêmio da Crítica na Mostra de São Paulo deste ano. Os romances de Chico (Bruno Gagliasso) e Ana (Marina Ruy Barbosa), no presente, e Clarisse (Luiza Mariani) e Daniel (Julio Andrade), no passado, se entrelaçam por meio de uma fita cassete.
Dirigido por Joana Mariani, o filme busca semelhanças e diferenças entre os dois casais em momentos distintos de seus relacionamentos. Os do passado se separando; os do presente, começando um casamento. Dessa forma, para criar paralelos, o roteiro investe em situações para que, de alguma forma, reverberem nos dois tempos.
As cenas de Luiza e Andrade são bem mais interessantes, porque são atores mais experientes e, além disso, seus personagens são muito mais delineados. A trilha sonora, parte fundamental, resgata músicas românticas que vão de Gal Costa e Cazuza a Leandro e Leonardo.
“MILLENIUM – A GAROTA NA TEIA DE ARANHA”
Contando três longas suecos e um americano, esta é a quinta incursão da personagem Lisbeth Salander no cinema e, visivelmente, a mais fraca, embora não seja culpa da atriz Claire Foy – cuja competência pode ser atestada no recente “O primeiro homem”. O grande problema deste novo filme recai sobre o roteiro e a direção, assinada pelo espanhol Fede Alvarez.
Trata-se de um filme genérico, que transforma Salander numa espécie de James Bond com superpoderes tecnológicos, cuja maior função é apertar botões e fazer cara de intrigada ou valente. O enredo é banal, começando com a infância traumática da personagem, e logo pula para o presente, com uma trama envolvendo armas nucleares.
O jornalista Mikael Blomkvist também já viu dias melhores. Aqui está mais apagado do que nunca – parte disso é culpa de uma interpretação anódina do sueco Sverrir Gudnason, a quem falta o punch que tornava o personagem marcante nas mãos de Michael Nyqvist e Daniel Craig.
“OPERAÇÃO OVERLORD”
Como se alguém tivesse alguma dúvida de que os nazistas são completamente do mal, o diretor Julius Avery não poupa esforços para colocá-los na tela como a força mais maligna da história. “Operação Overlord”, que é um filme trash com alto orçamento, funciona como um videogame cujo prazer maior é socar nazistas.
Os protagonistas são um grupo de paraquedistas norte-americanos que acaba caindo num pequeno vilarejo francês, ocupado por oficiais e cientistas alemães que realizam experiências grotescas. Os heróis têm uma missão mas, diante do que encontram, esta se torna ainda maior. Com a ajuda de uma francesa (Mathilde Ollivier), tentarão destruir o laboratório.
A maior qualidade do filme talvez esteja em explicitar em forma de videogame como os métodos nazistas eram realmente perversos. É uma mensagem que, estranhamente, ainda precisa ser lembrada no mundo atual.
“A GAROTA NA NÉVOA”
O suspense italiano marca a estreia na direção do roteirista e escritor Donato Carrisi, a partir de seu best-seller homônimo, que vendeu mais de 3 milhões de cópias pelo mundo.Numa cidade isolada nos Alpes italianos, Avechot, acaba de desaparecer uma adolescente de 16 anos, Mary Lou (Ekaterina Buscemi). Seu sumiço abala a tranquilidade do local, onde boa parte da população frequenta uma fraternidade religiosa, incluindo a família da garota, os Kastner.
Chegam à cidade para conduzir as investigações o inspetor Vogel (Toni Servillo) e seu assistente, Borghi (Lorenzo Richelmy), homens experientes em casos complicados. Não é segredo para ninguém que Vogel é um tipo vaidoso, que adora holofotes e não se furta a tirar partido deles. Isto fica evidente por sua peculiar relação com uma famosa e sensacionalista repórter de TV, Stella Honer (Galatea Ranzi) quando aparece o primeiro suspeito, o professor Loris Martini (Alessio Boni).
Reuters
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