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Grafite em Paris reinterpreta obra de Delacroix com 'coletes amarelos'

Assim como na obra de Delacroix, no grafite se pode ver uma Marianne - símbolo da República Francesa - segurando a bandeira tricolor, em meio a um grupo de manifestantes.
Homem fotografa em 8 de janeiro de 2018, em Paris, um mural do artista de rua PBOY, que recria o quadro de Delacroix, 'A liberdade guiando o povo', mas com os coletes amarelos no lugar dos revolucionários de 1830
Homem fotografa em 8 de janeiro de 2018, em Paris, um mural do artista de rua PBOY, que recria o quadro de Delacroix, 'A liberdade guiando o povo', mas com os coletes amarelos no lugar dos revolucionários de 1830 (AFP)

Um artista de rua fez um grafite em um muro de Paris em que faz uma releitura do célebre quadro de Eugène Delacroix, "A liberdade guiando o povo", no qual inseriu os "coletes amarelos".
Este afresco apareceu em um bairro popular do norte da capital francesa e é assinado por PBOY (Pascal Boyart), um artista que se define como "autodidata e independente".
Assim como na obra de Delacroix, no grafite se pode ver uma Marianne - símbolo da República Francesa - segurando a bandeira tricolor, em meio a um grupo de manifestantes.
Mas neste caso, no lugar dos insurgentes com fuzis que participaram da revolução de julho de 1830 foram colocados manifestantes usando coletes amarelos, em alusão ao movimento popular de protesto que agita a França há meses.
"Quis retomar o tema da tela, uma das mais conhecidas do mundo, e atualizá-la", explicou à AFP.
Este artista parisiense costuma pintar obras que denunciam o sistema financeiro. Um código QR Bitcoin, inserido na parte inferior de seus grafites lhe permite receber doações.
Pode ser que as finanças "sejam a causa das causas por trás destes acontecimentos", denunciou.
O movimento dos "coletes amarelos", que pôs contra as cordas o governo do presidente Emmanuel Macron, surgiu a princípio como um protesto contra a alta nos preços dos combustíveis para depois defender reivindicações mais amplas, relativas sobretudo à desigualdade social.

AFP

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