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Com mais de 60 nomes confirmados, XIII Bienal Internacional do Livro do Ceará acontece de 16 a 25 de agosto

Faltam 30 dias para a XIII Bienal Internacional do Livro do Ceará. Em um mês, o Estado terá no Centro de Eventos um espaço de construção de políticas do livro, leitura, literatura e bibliotecas. Prevista para acontecer em abril, a mostra, que este ano tem o tema "A Cidade e os Livros", foi adiada para iniciar em 16 de agosto. Entre mais de 60 nomes confirmados nesta edição, estão Bel Santos, Marcos Bagno, Mailson Furtado, Lucia Santaella, Eduardo Agualusa, Angela Gutiérrez, Mia Couto, Tércia Montenegro, Frei Betto, Conceição Evaristo, além do escritor e cineasta marroquino Abdellah Taïa e do autor de Um Copo de Cólera, Raduan Nassar.
"Eu acho que o tema em si, 'As Cidades e os Livros', convoca muitos aspectos porque nós temos uma relação tanto poética, quanto de tensão quando se fala em cidade. A gente tem essa cidade urbana, mas também pensa: Quantas fortalezas cabem nessas cidades? Que cara tem as nossas cidades? Quem tem direitos sobre elas? Então essa temática de perguntar quais são esses territórios possíveis de existir, ela é muito provocadora", destacou Goreth Albuquerque, coordenadora geral do evento que, por dez dias, contará com programação de palestras, mesas redondas, conferências, contações de histórias, lançamentos e outras atividades literárias.
Esta edição promete também atenção ao livro técnico e acadêmico, com espaço destinado a divulgação e debate de títulos e autores voltados para áreas específicas do conhecimento. "Esse espaço foi pensado por existirem pessoas que leem livros de ensaios, pesquisas em suas áreas, entre outros. Nós temos, por exemplo, a Pedagogia do Oprimido (Paulo Freire), que completou 50 anos agora e eu acredito que seja um momento importante da gente discutir - não só o autor, como a obra - porque é uma obra que dialoga com outras áreas e traz uma resposta desconsertante", frisou. 
Nesta edição, três obras literárias - a partir de uma escolha curatorial - serão homenageadas, com espaço reservado à leitura pública dos livros (Espaço Ponto de Leitura). A Casa, da cearense Natércia Campos; Lavoura Arcaica, do paulista Raduan Nassar - confirmado no evento; e Terra Sonâmbula, do moçambicano Mia Couto - também confirmado. Natércia, falecida em 2004, será representada pela filha, a também escritora e advogada Carolina Campos. Para a coordenadora, "A Casa é uma obra universal, de ler e reler, porque é absurdamente bonita. Temos ainda um autor nacional e o Mia, que é de língua portuguesa, mas que possui um alcance maior. Então, temos essas três coisas - a casa, a lavoura e a terra - que nos remetem a sair de um micro para o macro, além de falar dos nossos espaços". 
Contemplando os mais variados públicos, outros espaços compõem a programação da mostra. Alguns deles são o Café Literário, de convivência e promoção literária, bate-papo com autores e público e lançamentos; O Cordel, que reunirá cordelistas, repentistas, xilogravuristas e expressões da cultura do Cordel; o Letra de Mulher, com foco no debate sobre a mulher no campo editorial; o Juventude, para o público jovem; e o Leitura e Infância, com atividades para crianças. De novidades, o evento ainda abriga uma rodada de negócios. "Estamos na expectativa, construindo junto com o Sebrae esses três dias de rodadas de negócios, que terão algumas mesas reflexivas para olhar esse cenário atual, de crise, quais são as políticas que envolvem o livro e a leitura, servindo também para pensar a cadeia do livro e um olhar mais atento para a cadeia criativa de diálogo", adiantou Goreth. (Colaborou Teresa Monteiro)

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XIII Bienal Internacional do Livro do Ceará

Quando: 16 a 25 de agosto, de 10h às 22 horas
Onde: Centro de Eventos do Ceará (avenida Washington Soares, 999 - Edson Queiroz)
Gratuito

GABRIELLE ZARANZA
o povo

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