Evento vai até o domingo (25) com rodas de conversa, lançamentos, saraus e performances artísticas
Grandes pontos que marcaram a história da literatura baiana formam o circuito percorrido pela quinta edição da Balada Literária Bahia 2019. O evento, que começa hoje e segue até domingo, explora a literatura através de uma programação que envolve palestras, mesas, peças de teatro e shows musicais.
“Uma balada é assim, as pessoas vão e conversam, se divertem. Nossa ideia é fazer isso com a literatura, colocar num plano menos plástico, da forma mais simples possível, fora do pedestal”, comenta o escritor e poeta Nelson Maca, que divide a curadoria com o escritor pernambucano Marcelino Freire. A Balada, que é um desdobramento da festa homônima nascida em São Paulo, ainda acontecerá em Teresina, uma semana após o encontro em solo soteropolitano.
A temática deste ano aborda a importância e a influência dos mestres na construção do conhecimento. O escritor e filósofo pernambucano Paulo Freire (1921-1997) e a educadora Dona Cici, conhecida como Vovó Cici, são os homenageados. “Queríamos homenagear alguém que represente a Bahia, com um peso maior, que tenha a ver com a nossa cultura, nordestina e de negritude, por isso Dona Cici”, explica Maca, acrescentando que ela tem um grande trabalho de educação popular.
Grupo de rap Versus2 se apresenta na abertura do festival no Sarau Black(Foto: Divulgação)
A primeira noite do festival será inaugurada com o Sarau Black 2019, comandado pelo próprio Nelson, no Espaço Cultural da Barroquinha, às 19h: “A proposta tem como centralidade enaltecer a cultura negra. Desconstruir a questão racial e ampliar a arte na diversidade. O mesmo acontece com o sarau trans, que tem todos os convidados transexuais. Eles estão lá porque escrevem e cantam bem, porque tem um dom artístico”.
Além da Barroquinha, o evento se instalará em outros locais da cidade, como a Casa do Benin, no Centro Histórico, no Teatro Gregório de Mattos e na Fundação Pierre Verger, no Engenho Velho de Brotas. O curador Nelson reforça a importância da programação passar por esses pontos, que historicamente remetem à cultura baiana: “Estar em espaços, que são nossos, do povo, sabendo ocupar e dialogando com as gestões das casas torna tudo muito mais bonito. O público recebe as mensagens de forma mais intensa”, afirmou.
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