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A melhor torcedora do mundo

Mulher que narra jogos de futebol para o filho cego ganha uma das maiores honrarias da Fifa

Em noite de gala para o futebol mundial, uma brasileira roubou a cena. Sílvia Grecco, que vai aos estádios e narra os jogos do Palmeiras para o filho deficiente visual, foi condecorada com o prêmio “Best Fifa” na categoria “Fan Awards”, dedicado aos torcedores.
A história de amor e dedicação ao filho, além do belo exemplo pela inclusão nos estádios de futebol, emocionou o mundo e deixou em lágrimas a plateia da luxuosa cerimônia de entrega do prêmio, que aconteceu em Milão.
Em seu discurso, Sílvia protagonizou o momento mais bonito e emocionante da festa. Disse ela:
“Agradeço à Fifa pela indicação e por hoje eu poder falar para o mundo do futebol que a pessoa com deficiência existe, que ela precisa ser amada, respeitada e incluída. Obrigado Deus, por me permitir ser ponte e hoje representar não só meu filho, mas todos do mundo que têm alguma deficiência e que precisam de oportunidade.”

Amor pela família e pelo esporte

Em 2018, as imagens correram e emocionaram o mundo: uma reportagem de TV mostrou a história de Sílvia Grecco, que narra jogos de futebol para o filho Nickollas, portador de deficiência visual e autista. A mulher leva o garoto a todos os jogos do Palmeiras (seu time do coração) no Allianz Parque, em São Paulo, e descreve os lances para ele.
“Entro em detalhes sobre a atmosfera, as características de cada jogador e narrar gols é, sem dúvida, a parte mais emocionante”, disse a mãe orgulhosa. Depois de ter a história revelada, Nickollas virou o xodó da torcida palmeirense e teve a oportunidade de conhecer os jogadores do seu time. Os atletas e o ex-técnico da equipe paulista ficaram sensibilizados pelo amor do garoto ao Palmeiras e pelo comprometimento, esforço e carinho da mãe. Nas redes sociais, o garoto aparece ao lado de vários atletas famosos.

“Tinha que ser meu filho”

Nickollas, que tem 11 anos, é filho adotivo de Sílvia. Ele nasceu prematuro, pesando 500 gramas e lutando para sobreviver. Ficou quatro meses no hospital. Por causa de uma mal formação na retina, sua visão foi totalmente comprometida. Doze casais que estavam na fila de adoção desistiram do bebê. Mas Sílvia não. “Tinha que ser meu filho”, disse a mulher, orgulhosa.

Aleteia

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