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Estudantes iniciam greve global pelo clima

Eles cobram comprometimento de líderes mundiais em novo dia de protesto a favor do meio ambiente.
rianças e jovens na Austrália iniciam greve global por uma ação mais efetiva contra o aquecimento do planeta.
Crianças e jovens na Austrália iniciam greve global por uma ação mais efetiva contra o aquecimento do planeta. (PETER PARKS/AFP)

SYDNEY/BANGCOC - Milhares de estudantes estão tomando as ruas de cidades de todo o mundo, nesta sexta-feira (20), em uma greve global que pede aos líderes mundiais reunidos na cúpula climática da Organização das Nações Unidas (ONU) para adotarem medidas urgentes com intuito de prevenir catástrofes ambientais.
De Sidney a São Paulo, milhares de alunos participarão da "greve escolar pelo clima", que se apresenta como um dos maiores protestos a favor do clima já organizados.
Estão programados mais de cinco mil eventos, em todo o mundo, em uma sequência que deve terminar com uma enorme manifestação em Nova York, com a presença de mais de um milhão de estudantes.
Com o nome de "Fridays for Future" (Sextas pelo Futuro), a campanha mobilizou crianças e jovens para um papel mais ativo em convencer os adultos a tratar a questão climática com toda seriedade.
Os protestos tiveram início nas ilhas do Pacífico – algumas das nações mais ameaçadas pela elevação do nível do mar– e na Austrália, onde publicações nas redes sociais mostravam grandes manifestações pelo país.
Inspirados pela ativista sueca de 16 anos Greta Thunberg, manifestantes de cerca de 150 países, incluindo o Brasil, devem cobrar dos governos que tomem medidas imediatas para limitar os efeitos das mudanças climáticas, acentuadas pelo homem.
A greve culminará em Nova York quando Thunberg, que foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz por seu ativismo ambiental, vai liderar um comício na sede das Nações Unidas.
Thunberg tuitou sobre a "grande multidão" em Sydney, dizendo que os australianos estabeleceriam o padrão para as manifestações ao redor da Ásia, da Europa e da África.
Sanielle Porepilliasana, estudante de Ensino Médio de Sydney, tinha uma mensagem clara e direta para políticos como o ministro das Finanças da Austrália, Mathias Cormann, que disse ao parlamento na quinta-feira que os estudantes deveriam ficar na sala de aula.
"Líderes mundiais de todos os lugares estão dizendo a nós que estudantes precisam estar na escola estudando", disse ela. "Eu gostaria de vê-los em seus Parlamentos fazendo seus trabalhos ao menos uma vez".

Reuters/AFP/Dom Total

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