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Chico Buarque ironiza Bolsonaro sobre diploma do prêmio Camões

O presidente disse que assinará o documento em 31 de dezembro de 2026 e o cantor e compositor respondeu.
Chico ganhou o prêmio Camões, a maior distinção em literatura da escrita portuguesa.
Chico ganhou o prêmio Camões, a maior distinção em literatura da escrita portuguesa. (FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO)

Após o presidente Jair Bolsonaro afirmar, na terça-feira (8), que só assinaria o diploma do Prêmio Camões, destinado a Chico Buarque, em 31 de dezembro de 2026, o cantor e compositor fez uma rara declaração em sua página no Instagram. "A não assinatura do Bolsonaro no diploma é para mim um segundo prêmio Camões", diz o post do músico. A fala de Bolsonaro dá a entender também que ele tentará a reeleição e que confia em nova vitória nas urnas.

O anúncio de que Chico Buarque de Holanda havia vencido o Prêmio Camões de 2019, pelo conjunto de sua obra, foi feito em maio passado e o valor total é de 100 mil euros (R$ 447 mil), com o pagamento dividido entre Brasil e Portugal. A parte brasileira, por sinal, já foi paga em junho.
Trata-se da maior distinção em literatura da escrita portuguesa. A eleição aconteceu na Biblioteca Nacional, no Rio, onde, após uma reunião de duas horas, um júri anunciou o nome vencedor.

Governo dividido
O fato dividiu o governo Bolsonaro porque Chico Buarque é conhecido por ser militante de esquerda. Sem cerimônia apoio os ex-presidentes Lula e Dilma, além de Fernando Haddad nas últimas eleições. Chico, inclusive, já visitou Lula na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba (PR), em Curitiba, onde ele cumpre pena de 8 anos, 10 meses e 20 dias no caso do triplex em Guarujá (SP).
Neste contexto, a ala mais ideológica defende que o presidente não assine, o que seria um gesto claro contra a esquerda brasileira. Já a ela moderada pensa a nível global e, por isso, defende a assinatura de Bolsonaro para evitar problemas diplomáticos com Portugal.

Agência Estado / Dom Total

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