Padre Geovane Saraiva*

A afirmação “Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante”, da Assembleia Geral da ONU, na Declaração Universal dos Direitos Humanos, bem que ajuda a não esquecer: foram 21 anos, profundamente obscuros e nefastos, vividos pelo povo brasileiro. Não temos dúvidas da devastação de todos os jardins da democracia e da liberdade, de acordo com os registros da nossa História. O golpe militar foi um cruel não ao humanismo, ocasião em que se vivenciou a ausência de liberdade, sem esquecer os tenebrosos porões da tortura, quando aconteciam mortes atrozes e inumanas de muitos irmãos e irmãs.
Com o AI-5 de 1968, o pôr do sol se eternizou em um não à vida de muitos irmãos, neutralizando a aurora da esperança, no mistério do tempo e da vida. O sol vermelho, no romper da aurora, a iluminar o céu, que ilumine a humanidade e a vida como um todo. Na esperança, associamo-nos a todos, mesmo sabendo que da noite vem dia após dia, mas que todos, indignados, possam dizer: noites obscuras e nefastas, como as da ditadura militar de 64, nunca mais.
*Pároco de Santo Afonso, Blogueiro, Escritor e integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza
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