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Vencer crises

Por Paulo Eduardo Mendes - Jornalista

Mãos entrelaçadas. Tensas. Dedos apertados. Medo e ansiedade além dos limites. Ansiosos todos nós de forma generalizada. Fobias. Transtornos ocasionais ou permanentes. Preocupação por tudo. Olhos contemplam o vazio. O cérebro sentindo a insegurança que nos cerca. Fobia social. Doença da alma martelando na bigorna da consciência. Precisamos de um tempo para pensar. Repensar momentos de timidez. Ir em frente na luta interna para vencer nossos medos. Transtorno de pânico. Nenhum aviso prévio para gerir atitudes.
Aflição. Impaciência para vencer crises. Todo ser humano debruçado na janela do desassossego. Lá fora o movimento de rua é intenso. Trânsito louco. Veículos serpenteando em marcha lenta. Compromisso de hora. Impossível chegar a tempo. Empenhar a palavra e perder o encontro! Triste proceder de quem anela ser pontual. Contrato de trabalho, por exemplo, sendo postergado. Aflição. Não vamos conseguir chegar na hora ajustada. Rotina do medo. Ansiosos. Triste rotina da modernidade. O nosso existir está ficando complicado. A literatura específica para nos acalmar é pródiga em aconselhamentos. Cria outro tipo de ansiedade. Passamos a ser ansiosos para ultrapassar o pânico.

A leitura de jornal, a escuta de rádio, o ver televisão começam a trazer outro tipo de ansiedade ao perceber nossa impotência para encontrar a paz sonhada. Decidimos ir ao cinema. Nas salas de projeção, os filmes estão impregnados com os enredos da violência! Difícil derrotar o inimigo oculto gerador da ansiedade. Ansiosos por boa leitura, boa diversão, boa conversa. Destroçados pela certeza dos absurdos do dia a dia de uma cidade grande. A verdade é que o medo e a ansiedade estão extrapolando os limites da normalidade. Assim, é o triste clamor dos ansiosos. Como superá-los?

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