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No lar, pelo bem do planeta

As sociedades em quarentena estão poluindo o mundo consideravelmente menos
Água dos canais de Veneza ficou mais clara sem a circulação de barcos nos canais
Água dos canais de Veneza ficou mais clara sem a circulação de barcos nos canais (Andrea Pattaro/ AFP)

Ricardo Soares*
Quanto mais ficamos em casa mais salvamos o planeta. Esta é uma das conclusões não precipitadas que podemos ter diante do surto de coronavírus que assola o mundo. Como disse meu amigo Edu Campos, fotógrafo e escritor bissexto, “já estão comprovando que as sociedades em quarentena estão poluindo o mundo consideravelmente menos”. O que falta é isso ser mais noticiado para que sirva como alerta de que, para a desaceleração do aquecimento global e das catástrofes climáticas, os humanos devam ser menos predadores.
Fazemos muita coisa inútil para a saúde do planeta e para a nossa própria. Todos os dias, milhões de seres humanos fazendo tudo errado. Nós, humanos, nos tornamos tão tóxicos ao meio ambiente esquecendo que dividimos essa bola azul com milhares de outras espécies. O ser humano é antes de mais nada um egoísta.   A nossa ausência   beneficiaria imediatamente o planeta como bem comprova o livro obrigatório de  Alan Weisman, O mundo sem nós. Nele, o autor comprova – escorado em cientistas muitos – que a  natureza tem mecanismos que a fazem de uma forma ou de outra tender ao equilíbrio, à regeneração. Triste conclusão é de que o planeta Terra seria um paraíso sem os seres humanos.
Ainda, como lembra o meu amigo Edu, “deve haver modos de viver mais inteligentes que a competição e as corridas de consumo”. Só que ainda não aprendemos. Ou se sabemos, não o fazemos, o que nos leva ao título dessa crônica. Nesse momento, fique em casa que é melhor para o planeta.
*Ricardo Soares é escritor, diretor de tv, roteirista e jornalista. Publicou 8 livros, dirigiu 12 documentários. Em maio publica “ Devo a eles um romance”.

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