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Carta ao amigo João

Com satisfação volto a escrever-lhe algumas linhas. Continuo muito preocupado com o que vem acontecendo no mundo, particularmente no amado Brasil. Na nossa Pátria, além da cruel epidemia da Covid-19, não há entendimento, sem generalizar, entre integrantes e líderes dos Poderes Constitucionais. Penso, muitas vezes, que eles não são patriotas e colocam o interesse pessoal ou de grupos acima de qualquer coisa.
É lamentável, João, que futuro nos espera? A situação é mais angustiante quando se que a maioria da população é carente e muitos homens, mulheres (de meia idade), idosos, jovens e crianças estão abaixo da linha de pobreza. É um País injusto, com desemprego, deficiências nos setores de educação e saúde, péssimas condições de saneamento básico, segurança, etc. Caro amigo João, você conhece a distribuição de renda brasileira, nos aspectos pessoal, regional e setorial. É obscena.
O Brasil possui um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) bastante desfavorável, da ordem de 0,699 estando, segundo a ONU, em 73º lugar no "ranking" mundial. A falta de espírito público, de amor ao próximo e de sabedoria da grande parte da elite do nosso Brasil não permite que alcancemos níveis melhores de vida. Surgem, infelizmente, o tráfico de drogas, assassinatos, prostituição infantil e outras mazelas sociais. São milhares as comunidades espalhadas no território nacional. É um constrangimento, uma ignomínia para nós brasileiros. O que realizar, caro João, para sensibilizar, do ponto de vista republicano e democrático, os poderosos?
O novo coronavírus é um aviso. Por sua vez, ao invés de pedirmos a Deus para resolver o problema, em uma situação passiva, peçamos a Ele, com fé, o que devemos fazer. Com certeza seremos atendidos. Seu amor sempre ficará ao lado do bem e não do mal. Acreditemos e sigamos os Seus ensinamentos.
Abraço.
Gonzaga Mota
Professor aposentado da UFC

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