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Escritor santareno é um dos vencedores do 'Prêmio Literário Dalcídio Jurandir 2019'

Por Tracy Costa, G1 Santarém — PA
Lista foi divulgada no site da Ioepa — Foto: Reprodução
Lista foi divulgada no site da Ioepa — Foto: Reprodução
O escritor Francisco Egon da Conceição Pacheco, natural de Santarém, no oeste do Pará, foi um dos selecionados na categoria "Prosa" do Prêmio Literário Dalcídio Jurandir 2019. O resultado final foi divulgado no site da Imprensa Oficial do Estado do Pará (Ioepa) na quinta-feira (25). A obra “Marias e Encantarias II – Num tempo do era” alcançou 80 pontos.
A lista é composta por dez selecionados na categoria "Prosa" e outros quatro em "Poesia". Os escritores vencedores terão os livros publicados. A entrega solene das obras está prevista para o dia 1º de dezembro. Devem ser lançados 11 livros, sendo 10 de prosa e um de uma coletânea de poesias.
A obra "Marias e Encantarias" trata-se de uma série de histórias organizadas em certo número de volumes. A obra premiada corresponde ao volume II da série que já está sendo desenvolvida há 5 anos. As narrativas são fabulosas e incluem um repertório de composições mitopoéticas, cuja principal referência é a cultura narrativa Amazônica.
Ao G1, Egon Pacheco disse que essa foi sua primeira obra literária premiada. "O sentido do prêmio para um autor iniciante é a abertura de uma trajetória de criação e a possibilidade de sedimentar essa trajetória em obras futuras", ressaltou.
Segundo ele, o papel do prêmio é "adubar" o terreno da literatura paraense, acolhendo produções de autores jovens que se voltam para as questões humanas e culturais na Amazônia.

Sobre o Prêmio

O edital foi lançado na 23º Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, em agosto de 2019, após a assinatura do decreto do governador Helder Barbalho, que instituiu a Política Pública de Edições e Publicações de Livros do Estado do Pará. As inscrições ocorreram de 4 de novembro de 2019 até 14 de janeiro de 2020.
O presidente da Imprensa Oficial, Jorge Panzera, destacou a importância da seleção para a divulgação de novos autores e de obras inéditas. “São 14 autores que vão apresentar ao público seus trabalhos em prosa e poesia. Isso mostra a força de nossa literatura. Vamos agora preparar os livros para a publicação e lançamento em dezembro”, disse.
Segundo o presidente, além do Egon, representando Santarém, participaram do processo um professor de Altamira, além de especialistas de áreas ligadas à escrita e à literatura de formações diferentes, o que fez com que o trabalho de julgar as obras tivesse um olhar das mais diversas realidades culturais do Pará.
De acordo com Moisés Alves, assessor da Editora Pública do Estado Dalcídio Jurandir, da Ioepa, destacou a transparência de todo o processo que envolveu o prêmio. Ele informou que a Imprensa Oficial seguiu fielmente todos os prazos do edital, com algumas prorrogações, para dar o máximo de oportunidade a todos que quisessem se inscrever.
Apesar da pandemia de coronavírus, a editora pública e a comissão julgadora mantiveram o trabalho para cumprir os prazos exigidos. O certame teve mais de 130 inscritos, que passaram por uma habilitação, que selecionou 70 autores e, depois, a comissão julgadora avaliou o mérito das obras, para chegar ao resultado final.
Todos os inscritos na categoria poesia devem ser convidados pela Ioepa a participar de uma oficina de poesia. "O resultado dessa iniciativa será divulgado em uma coletânea pela Imprensa Oficial do Estado do Pará", anunciou Moisés.
Um segundo edital deve ser apresentado em dezembro, durante o lançamento das obras escolhidas agora. “Vamos buscar aperfeiçoar o certame, torná-lo ainda mais abrangente, olhando o estado como um todo para valorizar a literatura paraense, incentivar a produção e o lançamento de novos autores, já que somos um estado de literatura rica e com grandes autores em sua história”, afirmou o presidente da Ioepa.

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