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A MELHOR PARTE

Grecianny Carvalho Cordeiro* 

Nos últimos tempos, creio ser pertinente falar acerca das boas coisas da vida: das boas leituras, dos bons exemplos, das boas ideias... da melhor parte, porque a pior, nos já vemos e ouvimos diuturnamente, em especial, nos meios de comunicação, onde parece não haver espaço para o que há de bom nessa vida.

“A Melhor Parte” é o mais recente livro lançado pelo padre Geovane Saraiva, pároco de Santo Afonso, na Parquelândia, sob o selo da Sol Literário, editora jovem no mercado, mas que vem se destacando pelo trabalho sério e pelo primor de suas edições, a encargo da editora e, também escritora, Angélica Sampaio.

“A Melhor Parte” é um conjunto de artigos da lavra do padre Geovane, um homem dedicado ao sacerdócio e às letras, pois já possui diversos livros escritos, mantém um blog com milhares de acessos, além de participar de academias literárias, a exemplo da ALMECE – Academia de Letras dos Municípios do Ceará e da AMLEF – Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza.

O versátil padre, sobretudo, é um homem de bem, reconhecido em sua atuação pelo cuidado que devota aos mais humildes, aos integrantes da Paróquia de Santo Afonso e aos direitos humanos.

Em tempos de tantas dificuldades, de várias matizes, muitas delas provocadas pela pandemia, palavras de esperança e de fé sempre caem bem, mudanças para conosco e para com o mundo em nossa volta são necessárias porque “Deus quer entrar e pedir a colaboração de seus amigos, clamando um novo modo de pensar e agir” (p. 21).

O amor se faz cada vez mais necessário e “Deus quer dizer-nos que é necessário mais e mais convencermo-nos de que, quanto mais se ama, mais se aproxima de seus sinais salvíficos, no grande milagre do amor verdadeiro, daquele sem medida, em que não temeu coisa alguma” (p. 26). Diante de tanta intolerância, é preciso crer no amor “que vai ao encontro do essencial, mas simultâneo, no amor de Deus e no amor ao próximo, no pleno cumprimento da lei de Deus” (p. 192).

Deus é amor e misericórdia, é perdão e compaixão, e “manifesta sua desaprovação pela lógica perversa e discriminatória do mundo, de outrora e de hoje, querendo deixar claro, longe de qualquer dúvida, que a exegese nos parece boa, que todas as pessoas devem ser respeitadas, que são chamadas a uma vida com liberdade, como filhos de Deus,” (p. 162).

“A Melhor Parte” é um livro para refletir sobre nós, sobre a vida, sobre a humanidade. Que possamos sempre encontrar a nossa melhor parte. Assim seja!

*Promotora de Justiça, escritora, da Academia Cearense de Letras, do Instituo do Ceará, da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza.


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